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Previous issue date: 2017-12-06 === Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq === Contemporaneity is characterized by the interweaving of human beings with multiple media
forms, through material mediatic objects (our black mirrors). Also by stimuli and incorporeal
enunciates that are embodied by them, or in which they momentarily crystallize themselves.
These dispositives and networks have been represented in the audiovisual field, scenic arts,
performance and literature frequently. The television anthology Black Mirror (Channel Four,
2011-2014; Netflix, 2016-), one of the fictional guides in our analysis, is a set of narratives
that, exacerbating this state of things, discusses how those media ecosystems are intrinsically
linked with the production of desires in the individuals. We aim to identify and map those
modulations through a Spinozist semiotic of affects. Among the affects, we have identified the
production of a desire to control, a mode of existence or set of ideas that presupposes that we
have the total control of situations and absolute truth through the same media dispositives that
involves us. We relate that to the production of subjectivity of the standard ideal neurotypical
human being, or of the fine products that emerges from the processes of the antropotecnical
eugenic machine, studied by Fabian Ludueña. Starting from this point, we aim to focus the
communication processes as agencements or encounters (occursus). Following Black Mirror’s
narrative, we seek to produce a mediatic cartography of good and bad encounters, not
constructed through moral systems, but following Spinoza’s ethical evaluation, mapping
composition and decompositions, increases and decreases of potency observing the semiotical
production of desires through affections. Besides the desire to control, which emerged from
the anthropocentric and anthropotechnical crusade, other types of desires can be machined in
the subjectivities engaged to the omnipresent media dispositives as part of the
contemporaneous capitalist system, as the desire of emulation or the desire of imitation,
explained in Spinoza's “definition of affects”. The difficult task is to think escapes or lines of
flight to these types of media agencements that can emerge performatively/artistically by
experimenting with the same media materialities or enunciative apparatuses (we don’t consider
them neither good or evil but they can be (re) allocated in agencements that produce good or
bad encounters in a field of immanence). It requires to look for the production of good
encounters and active agency, or to think new possibilities of world construction. We consider
that, in the presence of the exhaustion produced by the control systems, minor and apparently
contingent gestures and artistic practices can resist to the total control and normativity. It’s
through them that we advocate in favor of an immanent critique of media, incongruent to
identitarian bubbles and politics – that usually target moral judgement without observing
events’ causality network and the desires agenced in its nodes. Against that, we ally with the
philosophy of Baruch Spinoza, Gilles Deleuze, Catherine Malabou and other contemporary
rereadings of the Dutch philosopher that can relate with them, as the work of Brian Massumi.
To discuss the emergent issues of those complex questions, and try to develop an immanent
media critique, Brian Massumi and Erin Manning bring us their particular interpretations of
immanent critique, performed through research-creation art practices and minor/disruptive
gestures === O cerceamento dos seres humanos por múltiplas formas de mídia, ou por meio dos objetos midiáticos materiais (nossos espelhos negros), ou dos estímulos e enunciados incorporais que
deles derivam, ou que neles se cristalizam momentaneamente, tem sido discutido no campo
audiovisual (cinema e televisão), nas artes cênicas, em performances e na literatura. A antologia
televisiva Black Mirror (Channel Four, 2011-2014; Netflix, 2016-), um dos guias ficcionais de
nossas análises, é um dos conjuntos de narrativas que, extremando essa possibilidade, mostra
como esses novos ecossistemas e agenciamentos midiáticos modulam de distintas formas a
produção de desejo nos indivíduos. Um de nossos objetivos é observar e cartografar tais novas
modulações de desejo e afetos. Dentre elas, detectamos a produção de um desejo de controle,
um modo de ser ou um conjunto de ideias de que temos o controle das situações por meio dos
mesmos dispositivos midiáticos que nos envolvem. Procuramos enfocar a comunicação como
agenciamento ou encontro (occursus). Por meio da narrativa de Black Mirror, buscamos
produzir e identificar uma cartografia de bons e maus encontros, não mediante uma moral, mas
sim, a partir da diferenciação entre os dois conceitos de acordo com a Ética, de Spinoza. Além
do desejo de controle, outros tipos de desejos são maquinados nas subjetividades acopladas aos
media onipresentes e suas inserções no capitalismo contemporâneo, como o desejo de
emulação ou o desejo de imitação. A difícil tarefa é pensar os foras a esses tipos de
agenciamentos midiáticos de controle, a partir das próprias ferramentas midiáticas maquínicas
ou enunciativas, discutindo novas possibilidades de construção de mundos e possíveis. Diante
da exaustão, os gestos disruptores e aparentemente contingentes resistem ao controle e à
normatização. É por meio deles que buscamos advogar a favor de uma crítica imanente das
mídias, que pretende não se adequar às bolhas e políticas identitárias discursivizadas nas
mídias, visando a vigilância e o julgamento moral sem observar sua causalidade a partir de uma
avaliação ética. Para pensar a comunicação como agenciamento ou encontro, bem como as
particularidades dos desejos que se agenciam nessas redes, nos aliamos à filosofia de Baruch
Spinoza, Gilles Deleuze, e a algumas leituras contemporâneas que com ela se relacionam, como
as feitas por Brian Massumi e Catherine Malabou. Para discutir essa problemática e pensar
uma crítica midiática imanente que não retroalimente o ideário de controle, Brian Massumi e
Erin Manning, com suas versões do conceito de crítica imanente, auxiliam-nos nessa questão
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