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Previous issue date: 2017-09-13 === Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq === The present work investigates the poetic, ethic and (self-) educational experience accomplished
by the group Corposinalizante, formed by deaf and hearing people, now responsible for Slam do
Corpo, a rhyme battle that happens with an entanglement between the Portuguese language and
the Brazilian Sign Language, two forms of language. Such effort to produce a neighborhood
between these two worlds takes us through a path which escapes from the ideas of “deficiency”
or “difference” offered by a normative and hegemonic point of view and it creates the possibility
to think of the occurrence of distinct processes of differentiation. Likewise, it allows us to occupy
and vacate certain words lurking around this experience, such as “accessibility” and “inclusion”,
making us create different words, in connection with the vibrations of life. When the deaf poet and
the hearing poet meet in the mixed poetic performances that take place in such Slam, the problem
of translation operates in an autonomous and creative form, allowing tongues to kiss, to tension
and to stretch one another. This is how Tongue Kiss drags us outside the prevalent logic that
categorizes the bodies and exterminates its different knowledges and potencies, affirming the
insubordinate and dangerous strength of alliances === Este trabalho procura investigar a experiência poética, ética e (auto)educativa realizada pelo
grupo Corposinalizante, formado por surdos e ouvintes, e hoje responsável pelo Slam do Corpo,
uma batalha de poesias que acontece na imbricação entre a língua portuguesa e a língua brasileira
de sinais, dois modos de língua e linguagem. Este empenho em produzir uma vizinhança entre
os dois mundos nos leva por um caminho que escapa às ideias de “deficiência” e “diferença”
pautadas por um olhar normativo e hegemônico, tornando possível pensar o acontecimento de
distintos processos de diferenciação. Na mesma direção, nos permite ocupar e desocupar certas
palavras que nos espreitam nesta experiência, como “acessibilidade” e “inclusão”, levando-nos
a criar outras, em conexão com as vibrações da vida. Quando o poeta surdo e o poeta ouvinte se
encontram, nas performances poéticas mestiças realizadas neste Slam, o problema da tradução
se opera de forma autônoma e criativa, possibilitando que as línguas se beijem, se tensionem e se
alarguem. É assim que o Beijo de Línguas nos arrasta para fora da lógica vigente, que categoriza
os corpos e extermina suas potências e saberes, afirmando a força insubordinada e perigosa
das alianças
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