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Previous issue date: 2017-03-10 === The concept of intergenerational historical trauma is a valid concept to understand the impact
of genocide, war, terrorist attacks and/or public calamities over certain populations as it was
the case, for example, of descendants of survivors from the concentration camp holocaust and
descendants of slaves. The theory of cultural complex enables analyses of the
intergenerational historical trauma impact on the production of complexes that develop
unconsciously on those populations and undermine their resources. This research was based
on a mixed method. The analysis of the cultural production of 42 Quilombolas, (men and
women from the Quilombola community of Mel da Pedreira, Macapá, in the state ôf Amapá
in northern Brazil) was conducted via qualitative and quantitative methods as a result of
participant observation, ethnologic and ethnographic observations, semi-guided interviews,
content analyses, Adriano Vaz Serra Self-concept Assessment, Rosenberg Self-esteem Scale,
and simple statistical, analyses. From these theories, methods and field observations were
confirmed the hypotheses below: I. The trauma intergenerational history resulting from the
memories of slavery remains present in the narratives and a cultural production of Afro-
brazilians. II. The historic trauma intergeracional generates a cultural complex of inferiority
in the population maroon. IV. T here was a low self esteem in the population as quilombola
symptom of cultural complex. V. The cultural complex negatively affects the way of life of
quilombola communities and contributes to the impoverishment of the population. VI. What
defines the life in the quilombo is the concept of resistance/resilience. The hypothesis III.
T here was a low self-concept in population as quilombola symptom of cultural complex; it is
not confirmed. Finally, using the model adapted by Martha Kent and Mary C. Davis, P9Sitive
Factors and Resilience Promoters, the Quilombolas scored very well in Six of eight items
evaluated. That shows the capacity of Quilombolas to adapt, resist and endure facing extreme
adversity imposed by intergenerational trauma, by the cultural complex that generates poverty
and by social exclusion === O conceito de trauma histórico intergeracional é um constructo válido para se compreender o
impacto de genocídios, guerras, atos terroristas elou calamidades públicas sobre determinadas
populações, como ocorreu, por exemplo, com os descendentes dos sobreviventes de campos
de concentração do holocausto e com os descendentes de escravos. A teoria do complexo
cultural possibilita, por sua vez, analisar o impacto do trauma histórico intergeracional na
produção de complexos que se desenvolvem inconscientemente, nessas populações, e minam
os seus recursos. Esta pesquisa assentou-se sobre o método misto, em sua execução. A análise
da produção cultural de 42 sujeitos quilombolas, homens e mulheres, do Quilombo do Mel da
Pedreira, em Macapá — Amapá, realizou-se por métodos quantitativos e qualitativos: a
observação participante; a observação etnológica e etnográfica; a entrevista semidirigida; a
análise de conteúdo; o Inventário de Autoconceito de Adriano Vaz Serra; a Escala de
Autoestima de Rosenberg; e a análise estatística simples. A partir dessas teorias, métodos e
observações de campo foram confirmadas as hipóteses a seguir: I. O trauma histórico
intergeracional decorrente das memórias da escravidão permanece presente nas narrativas e na
produção cultural de quilombolas. II. O trauma histórico intergeracional gera um complexo
cultural de inferioridade na população quilombola. IV. Observa-se uma baixa autoestima na
população quilombola como sintoma do complexo cultural. V. O complexo cultural afeta
negativamente o modo de vida de quilombolas e contribui para o empobrecimento da
população. VI. O que define a vida no quilombo é o conceito de resistência/resiliência. A
Hipótese III, observa-se um baixo autoconceito na população quilombola como sintoma do
complexo cultural; não se confirmou. Finalmente, quando se utilizou o modelo adaptado de
Fatores Positivos e Preditores de Resiliência de Martha Kent e Mary C. Davis, os quilombolas
saíram-se muito bem em seis dos oito itens avaliados. Isso demonstra a capacidade
quilombola de adaptação, resistência e resiliência frente à extrema adversidade imposta pelo
trauma intergeracional e pelo complexo cultural, geradores de empobrecimento e da exclusão
social
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