Literatura brasileira: do átomo ao bit

Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-12-06T18:29:22Z No. of bitstreams: 1 Roseli Gimenes.pdf: 3008590 bytes, checksum: 803e8f7533a4e976710ffe76d8fd6d11 (MD5) === Made available in DSpace on 2016-12-06T18:29:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Roseli Gimenes.pdf: 3008590 bytes, ch...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gimenes, Roseli
Other Authors: Nöth, Winfried
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2016
Subjects:
Online Access:https://tede2.pucsp.br/handle/handle/19509
Description
Summary:Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-12-06T18:29:22Z No. of bitstreams: 1 Roseli Gimenes.pdf: 3008590 bytes, checksum: 803e8f7533a4e976710ffe76d8fd6d11 (MD5) === Made available in DSpace on 2016-12-06T18:29:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Roseli Gimenes.pdf: 3008590 bytes, checksum: 803e8f7533a4e976710ffe76d8fd6d11 (MD5) Previous issue date: 2016-11-04 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The main aim of this work is to feature the development of Brazilian literature considering principally, and from the nineteenth century onwards, the so-called literature of invention such as Memórias Póstumas de Brás Cubas by Machado de Assis, analyzing diachronically and synchronically the works of Gregório de Matos, during the Baroque period, Tomás Antonio Gonzaga, during Arcadismo, Oswald de Andrade during Modernism and, in the contemporary scene, the book A festa by Ivan Angelo, in terms of its interaction with the printed book, to finally focus on the cyberliterature by Clarah Averbuck, and the concrete and digital poetry by Augusto de Campos. When looking for the signs of printed and digital narratives in Brazilian literature, certain conclusions can be reached that show a poetry of invention and interaction, the influence of concrete poetry in cyberliterature as well as the marks of concretism in hyper digital short stories. As regards the teaching of literature, even in Distance Education, we have as our aim to observe the cognitive process of the students of Portuguese at university level, in private institutions, and their relationship with printed and digital narratives when studying Brazilian literature. This work also has as one of its hypotheses to prove the relevance of poetic works created by computers and having artificial intelligence as their starting point. This kind of literary works already foreshadows robots that tell stories, participate in scientific actions, and win chess matches, at the time that create meaningful narratives that will, eventually substitute poetic works, among other human actions and emotions. This part of the research was based on the works of theoreticians, such as John Searle who, with his metaphoric experience of The Chinese Room argued against strong artificial intelligence, and Roger Schank who, through the observation of children and, opposing Searle´s theories, believes in the learning process carried out by machines. The theoretical readings that vied the present research and conclusions on literature and the new technologies found inspiration, in particular, in the works of Lucia Santaella and her concept of “extended literature” and literature in the web, the works of contemporary literary theory critics such as Haroldo de Campos and Augusto de Campos, as well as the already canonical works on literary theory, for the analysis of printed works, prior to cyber literature by Alfredo Bosi, Antonio Cândido and Marisa Lajolo, among others, which waver in between the printed and the digital. It is to be expected that the discovery that creation, invention and interaction are inherent to poetical literary works will inspire teachers of Brazilian literature in their also inventive, creative and interactive interpretations done in class, in turn leading their students to surf the social medias, like blogs, magazines and literary sites, not only in search of entertainment but also of knowledge === O objetivo deste trabalho é colocar em destaque o percurso da literatura brasileira considerando escrituras, principalmente, a partir do século XIX, de caráter de invenção, como as Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, analisando diacrônica e sincronicamente obras e autores como Gregório de Matos, no Barroco, Tomás Antônio Gonzaga, no Arcadismo, e Oswald de Andrade, no Modernismo, observando qualidades de literatura de invenção; passando ao contemporâneo pela obra A festa, de Ivan Ângelo, apostando em sua interatividade ainda em livro impresso, à ciberliteratura de Clarah Averbuck, nas redes sociais, e à poesia concreta e digital de Augusto de Campos, aliada às novas tecnologias digitais. A buscar indagações sobre estilos de literatura impressa e digital, chegam-se a resultados que apontam criação poética de invenção e interatividade na literatura brasileira, da influência da poesia concreta aos fazeres da poesia ciberliterária, assim como de marcas do concretismo nos hipercontos digitais. Ao lado de questões acerca do ensinoaprendizagem, inclusive no ensino a distância de literatura brasileira, procuramos observar o perfil cognitivo dos alunos de cursos de Letras de instituições privadas e suas relações com o mundo impresso e digital quando trabalham a literatura brasileira. O trabalho também tenta alcançar a hipótese da criação poética feita por computadores a partir da inteligência artificial que já se prenuncia em instigantes trabalhos de robôs que contam histórias, participam de ações científicas e que ganham partidas de xadrez, mas que também constroem o sentido de que poderão substituir as criações poéticas, entre outras ações e emoções humanas, partindo de teorias como as de John Searle, que com sua metafórica experiência O quarto chinês argumenta desfavoravelmente à inteligência artificial forte, e Roger Schank que também com experiências na observação de crianças, contrário a Searle, aposta na aprendizagem pelas máquinas. As leituras teóricas que propiciaram as indagações e os resultados sobre literatura e novas tecnologias partiram, notadamente, das obras de Lucia Santaella a respeito de “literatura expandida”, de literatura nas redes sociais, assim como no apoio de contemporâneos da teoria literária como Haroldo de Campos e Augusto de Campos, sem deixar de percorrer os cânones dessa teoria literária para a análise de obras impressas e anteriores à ciberliteratura, como Alfredo Bosi, Antônio Candido e Marisa Lajolo- que navega entre o impresso e o digital-, entre outros. A descoberta de que a criação, a invenção e a interatividade são motes das obras poéticas literárias, esperamos, possa incentivar o trabalho de professores em suas análises também inventivas, criativas e interativas em suas aulas de literatura brasileira, incentivando seus alunos a perscrutarem os caminhos das redes sociais não apenas em busca de entretenimento, mas também de estudo em blogues, revistas e sites literários