Summary: | Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-11-22T16:15:00Z
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Previous issue date: 2016-09-26 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === There is much social, cultural and academic debate on topics related to adoption by
gay men. Literature on this subject refers to many variables in the formation of these
families, highlighting gaps in the journey these men are taking. Bearing in mind the
need for credible information, we sought to understand the process experienced by
openly gay men and their adopted children in order to identify the key challenges.
This was qualitative research carried out through semi-structured interviews with six
men aged between 35 and 52 years old, when they adopted children aged between
eight months and 14. We sought to identify different scenarios throughout the
process, from the initial desire to adopt, to the necessary legal and personal
preparation, as well as the daily routine of bringing up children of different ages. We
identified similarities among parents who adopted children later in life, in particular
their willingness to adopt children with varying profiles. These men are primary
caregivers responsible for their children’s daily life and education. We also found
both the decision to adopt and the process itself were carried out independently of
family and friends. Men often have to deal with feelings of anxiety and fear
throughout the process, as they slowly develop a closer relationship with, and
support the needs of the adopted child. Changes in the parents’ daily routines, even
if they were anticipated, were much bigger and difficult to cope with - as well as
problems faced by single parents. It was concluded that the parents’ sexuality was
less important in cases of single parent adoptions made later in life, in which parents
were ill-prepared and lacked social support, highlighting the need for pre- and postadoption
support === Muitas são as discussões sociais, culturais e acadêmicas sobre os temas ligados à
adoção por homens gays. Ao discorrer sobre este tema, a literatura indica muitas
variáveis na consolidação destas famílias, surgindo lacunas acerca do percurso
vivencial que estes homens estão percorrendo. Considerando a necessidade de
promover informações fundamentadas, para orientação e atendimento, buscou-se
compreender o processo vivenciado por homens que se autodeclararam
homossexuais e adotaram crianças ou adolescentes, identificando seus principais
desafios. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, na qual foram realizadas
entrevistas individuais semidirigidas com seis homens, que quando adotaram filhos,
de idade entre 8 meses e 14 anos, estavam na faixa de 35 a 52 anos. Buscou-se
identificar os diferentes cenários ao longo do processo, que se inicia com o desejo
de adotar, envolve a preparação jurídica e pessoal e culmina no dia a dia com
crianças de diferentes idades. Identificou-se um perfil semelhante entre os pais, no
que se refere a terem realizado, principalmente, adoções tardias e, para facilitá-las,
terem aberto o perfil de escolha dos potenciais filhos. Esses homens são cuidadores
primários responsáveis pelo cotidiano e educação. Verificou-se que tanto a decisão
quanto o processo de adoção foram movimentos individuais, sem a participação da
família de origem ou amigos. Os homens têm que lidar com os sentimentos,
particularmente de ansiedade e medo durante todo o processo e desenvolver uma
aproximação lenta juntamente com apoio às demandas do filho adotivo. Foram
apontadas mudanças no cotidiano que, mesmo se antecipadas, foram muito maiores
e de difícil enfrentamento, bem como dificuldades no estabelecimento da
paternidade adotiva singular, superadas ao longo do tempo. Concluiu-se que o fato
de estes pais serem homossexuais é menos relevante do que tratar-se de adoções
unilaterais, tardias, com pouca preparação e apoio social, o que ressalta a demanda
de apoio pré e pós-adoção
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