O mandamento do sábado no Decálogo: um estudo exegético de Ex 20,8-11; Dt 5,12-15

Made available in DSpace on 2016-04-29T14:27:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Paulo Antonio Alves.pdf: 925433 bytes, checksum: b6577b6cc6ca3a3fb9cc667e035ce5ed (MD5) Previous issue date: 2015-03-25 === The content of this dissertation is a reading of the Sabbath commandment in the two versions of t...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Alves, Paulo Antônio
Other Authors: Grenzer, Matthias
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2016
Subjects:
Online Access:https://tede2.pucsp.br/handle/handle/18359
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-04-29T14:27:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Paulo Antonio Alves.pdf: 925433 bytes, checksum: b6577b6cc6ca3a3fb9cc667e035ce5ed (MD5) Previous issue date: 2015-03-25 === The content of this dissertation is a reading of the Sabbath commandment in the two versions of the Decalogue, Ex 20,8-11 and Dt 5,12-15. This reading indicates some features provided by the biblical text, while a structure of the sabbath commandment and also offers some contributions of the Rabbinical Tradition and Christian theologians on this central theme, so deep and wide. Ex 20,8-11 is a positive formulation, one apodictic law, a law / teaching. It does not impose a cultural practices, but a rest, which should be consecrated to God. As in Gn 2,1-4a, the rest of the seventh day is explained as a limit set by God with his creative power. As the Temple delimited space, the same does the sabbath, delimiting a while and consecrates to God. Motivation is strictly theological: commemorates the creation and divine rest of the seventh day: a liberation from nothing, which is in its end a holy / time spent as separate and blessed because fruitful, full of life. These motivations are different, but both part of the same project: give to Israel through the command / law / teaching of the Sabbath a place of identity lived in a separate time: the seventh day. Dt 5,12-15 is justified by one anthropological motivation, social and equal, which extends even to nature: the animals and the land: it makes memory of the liberation of the land of Egypt by God's action. Besides these two important theological concepts, Creation and Liberation, the Sabbath commandment conveys the concepts of holiness, earth, chosen people and the verb keep, remember is to make an actualized memory. The sabbath commandment is updated by both schools to redefine and justify Israel's identity in the light of the central event for its history; the liberation of the land of Egypt. In addition to support the identity, the sabbath commandment is constituted as a source of spiritual nourishment for Israel and the Church, through the theology of compliance and not break or replacement. It commandment was structured as a centre of the Decalogue, in its two versions, also having a centre granting it a status: hermeneutical key of the Torah, the heart of the Alliance and subsequent laws === O conteúdo desta dissertação é uma leitura do mandamento do sábado nas duas versões do Decálogo, Ex 20,8-11 e Dt 5,12-15. Essa leitura aponta algumas características fornecidas pelo próprio texto bíblico, enquanto estrutura do mandamento do Sábado e, oferece também algumas contribuições da Tradição Rabínica e de Teólogos Cristãos sobre esse tema central, profundo e vasto. Ex 20,8-11 é uma formulação positiva, uma lei apodítica, uma lei/ensinamento. Não impõe práticas culturais, e sim descanso, o qual deve ser consagrado a Deus. Como em Gn 2,1-4a, o descanso do sétimo dia é explicado como um limite colocado por Deus com seu poder criativo. Como o Templo delimitava um espaço, do mesmo modo o sábado delimita um tempo e o consagra a Deus. A motivação é estritamente teológica: faz memória da criação e do descanso divino do sétimo dia: uma libertação do nada, a qual encontra no seu término um tempo santo/consagrado porque separado e, abençoado porque fecundo, cheio de vida. Essas motivações são diferentes, mas ambas participam do mesmo projeto: dar a Israel, por meio do mandamento/lei/ensinamento do Sábado um lugar de identidade vivido em um tempo separado: o sétimo dia. Dt 5,12-15 tem como justificativa uma motivação de cunho antropológico, social e igualitário, que se estende inclusive a natureza: os animais e a terra: faz memória da libertação da terra do Egito pela ação de Deus. Além desses dois importantes conceitos teológicos, Criação e Libertação, o mandamento do sábado veicula os conceitos de santidade, terra, povo eleito e do verbo guardar, lembrar é fazer memória atualizadora. O mandamento do sábado é atualizado por ambas as escolas para redefinir e fundamentar a identidade de Israel à luz do evento central para sua história; a libertação da terra do Egito. Além de fundamentar a identidade, o mandamento do sábado se constitui como fonte de alimento espiritual para Israel e para a Igreja, via teologia do cumprimento e não da ruptura ou substituição. Ele foi estruturado como centro do Decálogo, em suas duas versões, também ele possuindo um centro lhe outorgando um status de: chave hermenêutica da Torah, coração da Aliança e das leis subseqüentes