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Previous issue date: 2009-06-22 === This is a thesis of Critical Social Psychology which main focus was to unveil, based on the
theory of identity proposed by Antonio da Costa Ciampa expressed in the identitymetamorphosis-
emancipation sintagma, how the construction of the mentally ill character
occurs considering the recognition of different social actors and the relation set with the
mental health discourse proposed by the psychiatric reform. The research was divided into
tree named routes: historical route, theoretical route, empirical route. In the first route we
make a presentation of the historical development of the dual normal/pathological
conception, which culminated in the construction of the assumed identity of the mentally
ill, and analyze this development in light of the different institutional articulations and
policies (especially the relationship between psychiatry and Social Psychology) legitimized
from laws and decrees that allowed the Brazilian Psychiatric Reform. Then, we point out
how the theory of identity proposed by Ciampa is inserted in the tradition of Critical Social
Psychology and cross the contribution of critical theory, especially the habermasian theory.
All this to think about the conditions for human emancipation to unveil the strong
investment of technical and psychological discourses suffered by the identity and which
produce fetishized characters sustained by perverse recognition. Then, we bring the life
history narratives of Ana, Gabriel and Francisco, which offered evidence of how
individuals have appropriated the discourse of mental illness to organize and represent their
identities today. In this moment, which point out that we can not cynically sustain, by using
the discourse of mental illness from an anti-asylum politics, that we are enabling the
empowerment of individuals. We need to adopt a post-conventional recognition (parallax
view) to not reproduce perverse recognition === Essa é uma tese de Psicologia Social Crítica, cujo foco principal foi explicitar, a partir da
teoria de identidade proposta por Antonio da Costa Ciampa expressada no sintagma
identidade-metamorfose-emancipação, como ocorre a construção da personagem doente
mental a partir do reconhecimento de diferentes atores sociais, e a relação que essa
personagem estabelece com o discurso da saúde mental proposto pela reforma psiquiátrica.
Dividimos a pesquisa em três capítulos denominados: itinerário histórico, itinerário teórico,
itinerário empírico. No primeiro itinerário fazemos uma apresentação histórica do
desenvolvimento da concepção dualista normal/patológico, que culminou na construção da
identidade pressuposta do doente mental, e analisamos esse desenvolvimento à luz das
diferentes articulações institucionais e políticas (principalmente a relação entre a Psiquiatria
e Psicologia Social) legitimadas a partir de leis e decretos que possibilitaram a Reforma
Psiquiátrica brasileira atual. Em seguida, assinalamos como a teoria de identidade proposta
por Ciampa se insere na tradição da Psicologia Social Crítica e atravessa as contribuições
da Teoria Crítica, principalmente a habermasiana, para pensar as condições de emancipação
humana, a ponto de desvelar como a identidade sofre fortes investidas dos discursos
técnico-psicológicos, que produzem personagens fetichizadas sustentadas por um
reconhecimento perverso. Na seqüência trazemos as narrativas da história de vida de Ana,
Gabriel e Francisco, que nos ofereceram elementos para evidenciar como os indivíduos têm
se apropriado do discurso de doença mental para organizar e representar suas identidades
atualmente. Nesse momento, assinalamos que não podemos mais sustentar cinicamente
que, ao utilizar o discurso de doença mental a partir de uma política de identidade
antimanicomial, estamos possibilitando a emancipação dos indivíduos, sendo necessário
que adotemos um reconhecimento pós-convencional (visão em paralaxe), para não
reproduzirmos reconhecimentos perversos
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