Dimensões da vergonha no avesso da psicanálise: uma contraexperiência política do sujeito

Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sergio Eduardo Lima Prudente.pdf: 2138844 bytes, checksum: 9f850eb2fb73448497b7bfa5f6a33850 (MD5) Previous issue date: 2015-05-25 === Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo === This research proposes to pres...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Prudente, Sérgio Eduardo Lima
Other Authors: Rosa, Miriam Debieux
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2016
Subjects:
Online Access:https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17115
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sergio Eduardo Lima Prudente.pdf: 2138844 bytes, checksum: 9f850eb2fb73448497b7bfa5f6a33850 (MD5) Previous issue date: 2015-05-25 === Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo === This research proposes to present a study about shame from the point of view of lacanian psychoanalysis. As a starting point and guiding principle, we take as a reference the observation that shame is ( ) the hole from which the master signifier arises , given in 1970 by Lacan, in his seminar The Other Side of Psychoanalysis. This election puts before us two perspectives, explored in this present investigation: 1) the construction of a conceptual elaboration concerning shame and its relation to the notions of hole, crack, castration and repetition, that allows us to develop a structural point of shame in the subject; 2) considering the historical contingency in which Lacan stated his observation about shame mentioned above, that is, the moment when he was addressing direct criticisms against the students and the production of science for the market, we situate the structural element of shame in relation to the status of the subjectivity engendered under capitalism, that is, a subjectivity oriented for the obliteration of references, traces, singularity, that promotes a degeneration of the master signifier. This second perspective allowed us to enter the political/clinical/ethical aspect of shame, grounded in the passages of Lacan's work where shame was proposed as a fundamental element for the clinic and for the direction of the cure. The sprouting of shame was also proposed as a political/clinical counter-experience for the subject, considering that the discourse of the analyst is the one which can face the discourse of the capitalist, precisely because it can recover the singular experience of jouissance and its singular trace === Esta tese pretende apresentar um estudo sobre a vergonha do ponto de vista da psicanálise de orientação lacaniana. Como ponto de partida e fio condutor para a pesquisa, tomamos como referência a observação de que a vergonha é o buraco onde brota o significante-mestre, proferida em 1970, por Lacan, em seu seminário O Avesso da Psicanálise. Esta escolha nos coloca diante de duas perspectivas que atravessamos nesta tese: 1) a construção de uma elaboração conceitual sobre a vergonha e sua relação com a noção de buraco, furo, falha, castração e repetição, que nos possibilita elaborarmos um ponto estrutural da vergonha no sujeito; 2) levando-se em conta a contingência histórica em que Lacan fez a observação acima, ou seja, momento em que fazia uma crítica direta aos estudantes e à produção da ciência no mercado, situamos o elemento estrutural da vergonha em relação a uma subjetividade do sujeito no capitalismo, ou seja, uma subjetividade voltada para o apagamento das referências, dos traços, da singularidade, que engendra uma degenerescência do significante-mestre. Esta segunda perspectiva nos permitiu avançar no aspecto clínico/político/ético da vergonha tomando como fundamento os momentos em que ela foi proposta como elemento fundamental na clínica e na direção da cura. Aliado a isto, a vergonha foi apresentada como contraexperiência político/clínica para o sujeito, levando-se em conta o discurso do analista como o que pode fazer frente ao discurso do capitalista, justamente por recuperar a experiência singular de gozo e seu traço singular