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Previous issue date: 2015-11-19 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === This dissertation aims to approach the meanings of conceptions of childhood constituted in the daily experiences of urban children, residents of São Paulo city, in an unequal society. The theorethical approach adopted in this study is the Socio-historical Psychology, that based the analysis and interpretation process which conceives the human constitution as a social and historical construction.This work is also based on childhood critical studies that allowed the comprehension of the childhood as a social construction, and the child as active social actor, with the right to speak and as a culture producer and a subject of right.The data was produced through an individual dialogue with two children: Ludmilla, 8 years old, private school student, resident of São Paulo city, in a neighborhood characterized with a low rate of social exclusion, and Samira, 9 years old, public school student, resident of São Paulo city in a neighborhood with a high rate of social exclusion. All the work has been recorded, transcripted, systematized and analysed according to the proposal of González Rey (2005). In the analysis of the dialogues, it was possible to unveil the particularities of each child, at the same time that it stablished discussion about the childhood conception and the maintenance of the social inequality. The first results indicated to the existence of different meanings to the concept of childhood. The first conception introduces a childhood associated to a more coletive experience, in which the child has more oportunities to lead a wide range of social roles; the second conception, socially more appreciated, presents a childhood that focus on the formation of a future adult, by adding value the process of schooling as a way of social rise, in which the daily child's life is organized by the goal of the school formation. The social inequality has shown a relevant aspect of the childhood differentation. The study pointed that there´s a need of production of future researches that may develop these childhood meanings and turn the variety of childhood more visible === Esta dissertação objetiva aproximar-se das significações sobre a infância
constituídas nas vivências cotidianas de criança urbanas, residentes no município de
São Paulo, em uma sociedade desigual. A perspectiva teórica adotada no estudo é a
da Psicologia Sócio-Histórica, que auxiliou nas análises e interpretações que partem
de concepções da constituição humana como uma construção social e histórica. O
presente trabalho também apoiou-se nos estudos críticos sobre a infância, que
possibilitaram a compreensão da infância como uma construção social, a criança
como ator social ativo, com direito a voz, produtor de cultura e sujeito de direitos. Os
dados foram produzidos mediante a conversa individual, junto a duas crianças:
Ludmila, de 8 anos de idade, estudante de escola particular, residente no município
de São Paulo, em bairro com baixo índice de exclusão social, e Samira, de 9 anos
de idade, estudante de escola pública, residente no município de São Paulo, em
bairro com alto índice de exclusão social. O material foi gravado, transcrito,
sistematizado e analisado de acordo com a proposta de González Rey (2005). Nas
análises das conversas, foi possível desvelar aquilo que é particular de cada criança,
mas que ao mesmo tempo apresenta-se como uma totalidade em um movimento
dialético, que permitiu estabelecer discussões voltadas para as concepções de
infância/criança e a manutenção da desigualdade social. Os principais resultados da
pesquisa apontaram a existência de significações diferentes para a infância. A
primeira concepção apresenta uma infância com mais convivência coletiva, em que
a criança tem maior oportunidade de protagonizar diversos papéis sociais; a
segunda concepção, mais valorizada socialmente, apresenta uma infância que visa
à formação do futuro adulto, valorizando o processo de escolarização como meio de
ascensão social, em que o cotidiano da criança é organizado em prol da formação
escolar. A desigualdade social mostrou-se um fator importante nas diferenciações de
infância. Indicamos a necessidade da realização de futuras pesquisas que possam
desenvolver essas significações e dar maior visibilidade às concretizações dessas
diferentes infâncias
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