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Previous issue date: 2007-05-15 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === This work aimed at contributing for the understanding of the transition from premarital
relationships to legal conjugality, identifying rituals, celebrations and
practices implied in this change. It was based in semi-structured interviews with
six young adults, three men and three women, already legally married, who
previously cohabited for at least six months before their marriages. They were
asked to mention the more significant events in their respective relationships,
since the first days, and then induced to talk about those events, expanding the
researcher s comprehension of their personal experience.
The results showed that cohabitation was seen by the interviewed as a test
drive , which helped them to get the certainty necessary for the decision to
marry, without the seriousness of a formal union and emotional risks in case of
failure. Regarding the couples families, although in thesis they did not approve
this kind of union, for its lack of social acknowledgment, throughout time they
tended to act as if the legal formalities were already met, demanding their sons
to behave as legally married people. This contradiction did not appear in the
case of the couples friends, which treated them accordingly since the beginning
of co-habitation. Furthermore, and in accordance with the test drive idea, after
making successfully the necessary adjustments the couples also tended to
consider the marriage as the next step. The ceremony and marriage s party, as
rituals in this transition, now become significant, as they symbolize the
importance of this decision. Finally, for all these reasons - and some others
related to gender, analyzed in this study - these pre- and post- marital practices
oscillate between modern and the traditional models === Este trabalho teve como objetivo contribuir para a compreensão das transições
dos relacionamentos fluidos pré-maritais para as conjugalidades legais,
identificando rituais, celebrações e práticas utilizadas para demarcar suas
respectivas particularidades e modificações. Tratou-se de uma investigação
qualitativa da qual participaram seis adultos jovens, sendo três homens e três
mulheres, que hoje estão legalmente casados, mas que co-habitaram com seu
atual cônjuge por no mínimo seis meses antes do casamento. A coleta de
dados foi realizada individualmente, por meio de entrevistas semi-dirigidas.
Nelas, foi pedido aos participantes que citassem os eventos que consideram
marcantes ao longo do relacionamento do casal, do namoro até o momento
atual. Em seguida, foram estimulados a falar sobre esses eventos de modo a
caracterizar a experiência vivida nesse relacionamento.
Os resultados mostraram que o morar junto é visto por esses jovens como um
teste de convivência, que ajuda a dar segurança e a certeza necessária para a
decisão de casar, sem a seriedade envolvida numa união legal e com menos
riscos emocionais se não der certo . Quanto às suas famílias de origem,
apesar delas não aprovarem esse tipo de união
pois não a consideram como
uma conjugalidade socialmente reconhecida
na prática, raramente se opõem
a essa situação e, ao longo do tempo, muitas vezes passam a tratar seus filhos
como um casal formal, nos aspectos positivos e negativos implicados neste tipo
de relação. Quanto aos amigos, estes passam a ver o casal como se já
estivessem legalmente casados, tratando-os de acordo com essa idéia desde o
início da co-habitação. Além disso, quando o casal percebe que a convivência
é possível e que já fizeram os ajustes necessários, surge a idéia de casar.
Nesse contexto, a cerimônia e a festa de casamento, importantes elementos de
um ritual, passam a ter significado, já que é por meio deles que o casal
compartilha com a família e amigos a importância dessa decisão. Destaca-se
enfim, que por esses fatores e mesmo outros, referentes a questões de gênero,
tratadas nesse estudo, estes casamentos possuem práticas e referências que
oscilam entre os modelos moderno e o tradicional
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