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Previous issue date: 2013-05-14 === An ethical behavior has been a fundamental requirement in various professional
practices of our contemporary society. The demand for decisions that are in accordance with
accepted practices by the social group in which each is inserted is organized as a way to guide
a beneficial practice as possible. However, how are we supposed to guide a decision when the
most affected by the choice is a child? How to include children, so that their participation
provides help for parents and health professionals to choose the best alternative?
Include the child with cancer in their treatment decisions does not mean relegating to an
"incompetent." Including it in the process means recognizing it as a subject, especially, subject
affected bodily and mentally. In health, for a long time, the goal was to keep the patient alive.
Nowadays, the main orientation has been the quality of life that this patient will have after going
through the proposed treatment.
Thus, medical practice has focused on providing less aggressive treatments, especially
in oncology field. In treating children, this concern is amplified given that more and more
children survive from cancer and will have to adapt themselves to the reality of the world after
the effects of chemotherapy and radiotherapy. Furthermore, treatment with them depends on
decisions made by others: their parents. Recognizing that parents are also directly affected by
the illness of a child (whether socially or psychologically), how can us summon them to decide
on something that will affect the lives of their children, while giving voice to these children?
In parallel, psychoanalysis is increasingly embedded in the hospital, being called upon
to respond from a place other than medical knowledge. While that works with patients and
families, the psychoanalyst is summoned to answer for the team that is charge of the treatment.
Suppose a subject that knows about itself in a child is an important step and a fundamental
change of attitude to medical practice. The attitude of the psychoanalyst requires caution and is
guided by confidentiality contract with the patient, but always providing material for the team
to help the sufferer.
In this context, understanding what is ethics, knowing that there is a big difference
between medical ethics and the ethics of psychoanalysis, as well as know how this vector is
directed against various practices becomes necessary so as to guide the practices currently in
effect === Atuar eticamente tem sido requisito fundamental nas diversas práticas profissionais de
nossa sociedade contemporânea. A cobrança por decisões que estejam de acordo com práticas
aceitas pelo grupo social no qual cada um está inserido se organiza como forma de nortear uma
prática o mais benéfica possível. No entanto, como nortear a escolha quando o principal afetado
é uma criança? Como incluí-la, de forma que sua participação ofereça auxílio para pais e
profissionais de saúde escolherem a melhor alternativa?
Incluir a criança com câncer em seu tratamento não significa relegar as decisões a um
incapaz . Incluí-la no processo significa reconhecê-la enquanto sujeito, especialmente, sujeito
afetado corporalmente e psiquicamente. No campo da saúde, durante muito tempo, o objetivo
do tratamento era manter o paciente vivo. Hoje em dia, o principal norteador tem sido a
qualidade de vida que este paciente terá após passar pelo tratamento proposto.
Assim, a prática médica tem se orientado por proporcionar tratamentos cada vez menos
agressivos, especialmente no campo oncológico. No tratamento infantil, esta preocupação se
amplia tendo em vista que cada vez mais crianças sobreviverão ao câncer e terão que se adaptar
à realidade do mundo após as consequências da quimioterapia e da radioterapia. Além disso,
com elas o tratamento depende de decisões tomadas por terceiros: seus pais. Reconhecendo que
os pais também estão diretamente afetados pelo adoecimento de um filho (seja socialmente ou
psiquicamente), como convocá-los a decidir por algo que afetará a vida de seus filhos, e ao
mesmo tempo dar voz a essas crianças?
Em paralelo, a psicanálise está cada vez mais inserida no contexto hospitalar, sendo
convocada a responder de um lugar diferente daquele do saber médico. Ao mesmo tempo em
que atua com pacientes e familiares, o psicanalista é convocado pela equipe a responder por
aquele que está em tratamento. Supor um sujeito que sabe de si nas crianças é um passo e uma
mudança de postura fundamental para a prática médica. A postura assumida pelo psicanalista
implica cautela e é orientada pelo sigilo contratado com o paciente, mas sempre oferecendo
material para a equipe poder ajudar aquele que sofre.
Nesse contexto, compreender o que é ética, sabendo que há uma grande diferença entre
a ética médica e a ética psicanalítica, assim como saber de que forma este vetor se orienta frente
diversas práticas torna-se necessário como modo de orientar as práticas vigentes na atualidade
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