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Previous issue date: 2011-11-07 === This paper aims to research the concept of aggression both as a condition of
development and as a barrier for the psychic constitution. I try to articulate this concept
with the relationships established between the child and their love objects, exploring
more precisely the anguishes of loss and separations from the object. I work with the
hypothesis that when the process of separation from the object of love can be well
experienced, it opens up something like a psychic space into the ego that allows the
recognition of a difference between ego and object. I also try to think about the
deviations of those processes of separation from the maternal object in which some
dynamics are supported, dynamics where the separation of the object is equated to
fantasies of expulsion and rejection, situation that is fertile ground to create
psychological barriers to psychic growth causing a banishment of the contact with the
anguishes related to the loss of the object. The basic idea of this work is that, when
aggression can not be experienced based on a psychic-well-being, it can easily turns into
something that fills out the consciousness of the separation from the objet of love. This
prevents the contact with the feelings of the object s dependency, feelings of
helplessness, rejection, abandonment and with the anguishes of loss and separation,
making impossible for them to be recognized and worked-through. Therefore,
aggression cannot become a source of creative power. It creates an obstacle to psychic
development, for the expansion and growth of the mind. In this way, aggression can
even be used as an attempt to immobilize the object, eliminating the anguishes of the
objet loss, leading to circular psychic movements that prevent the contact with a
discriminated object, paralyzing the psychic operation. We looked also to discuss,
throughout this work, the different possibilities of aggressions transformation, opening
the horizon to some symbolic destinations, for the development of the thought and for
the repair. This research is based on a psychoanalytical approach, and in this journey,
authors like Sigmund Freud, Donald Winnicott, Melanie Klein, and many others
contemporaries like Andre Green, Jean Michel Quinodoz, Luis Claudio Figueiredo,
Renato Mezan, Elisa Cintra, to name a few, were my fellows, in which work I found
evidence to support this thesis theoretically. Far from exhausting the subject of study
proposed here, this paper aims to trouble it, in order to broaden discussions and clinicaltheoretical
joints around the same === Este trabalho tem como objetivo pesquisar o conceito da agressividade tanto como
condição de desenvolvimento quanto como entrave do acontecer psíquico. Para tanto,
procuro articular o conceito estudado às relações estabelecidas entre a criança e seus
objetos de amor, explorando mais propriamente os processos de elaboração das
angústias de perda e separação do objeto. Trabalho com a hipótese de que quando o
processo de separação do objeto de amor pode ser vivenciado com tranquilidade, abrese
um espaço psíquico no ego que permite o reconhecimento e o acolhimento de uma
mínima diferença entre ego e objeto. A partir de recortes clínicos, procuro pensar sobre
os extravios do processo de separação do objeto materno em se sustentam dinâmicas
onde a separação do objeto fica equacionada a fantasias de expulsão e rejeição, situação
que constitui terreno fértil para que a agressividade seja experimentada de forma a criar
obstáculos ao crescimento psíquico, ao provocar um tamponamento das angústias
relacionadas à perda do objeto. A ideia de base deste trabalho é a de que, quando a
agressividade não pode ser experimentada em uma base psíquica de bem-estar, ela pode
se converter facilmente em uma forma de preencher a consciência da separação do
objeto de amor, obturando o contato com sentimentos de dependência do objeto, de
desamparo, rejeição e abandono e com as angústias de perda e de separação,
impossibilitando que estas possam ser reconhecidas e elaboradas. Desta forma, a
agressividade não pode se converter em potência criativa e cria um entrave para o
desenvolvimento psíquico, para a expansão e para o crescimento da mente. Pode
inclusive ser utilizada a serviço de uma tentativa de imobilizar o objeto de amor e
eliminar sua perda, conduzindo o psiquismo a movimentos paralisantes e circulares que
impedem o contato com um objeto discriminado, com as diferenças vitalizantes.
Procuro ainda discutir, ao longo deste trabalho, as possíveis transformações da
agressividade, abrindo o horizonte para os destinos simbólicos, para o pensamento e
para a reparação. Esta pesquisa se fundamenta no referencial psicanalítico e, nesta
jornada, foram meus companheiros autores como Sigmund Freud, Donald Winnicott,
Melanie Klein e tantos outros contemporâneos como André Green, Jean Michel
Quinodoz, Luis Claudio Figueiredo, Renato Mezan, Elisa Cintra, para citar apenas
alguns, nos quais encontrei elementos para sustentar teoricamente este trabalho. Longe
de exaurir o objeto de estudo aqui proposto, visa-se antes problematizá-lo, no intuito de
ampliar as reflexões e as articulações teórico-clínicas em torno do mesmo
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