Tecendo encontros e diferenças: um estudo psicanalítico sobre a agressividade e sua articulação com a constituição psíquica

Made available in DSpace on 2016-04-28T20:37:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Clarisse Carneiro Cavalcanti de Melo.pdf: 1105876 bytes, checksum: 723f07f1c21418199478ccc2afd5b73c (MD5) Previous issue date: 2011-11-07 === This paper aims to research the concept of aggression both as a condition of de...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Melo, Clarisse Carneiro Cavalcanti de
Other Authors: Mezan, Renato
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2016
Subjects:
Online Access:https://tede2.pucsp.br/handle/handle/15073
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-04-28T20:37:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Clarisse Carneiro Cavalcanti de Melo.pdf: 1105876 bytes, checksum: 723f07f1c21418199478ccc2afd5b73c (MD5) Previous issue date: 2011-11-07 === This paper aims to research the concept of aggression both as a condition of development and as a barrier for the psychic constitution. I try to articulate this concept with the relationships established between the child and their love objects, exploring more precisely the anguishes of loss and separations from the object. I work with the hypothesis that when the process of separation from the object of love can be well experienced, it opens up something like a psychic space into the ego that allows the recognition of a difference between ego and object. I also try to think about the deviations of those processes of separation from the maternal object in which some dynamics are supported, dynamics where the separation of the object is equated to fantasies of expulsion and rejection, situation that is fertile ground to create psychological barriers to psychic growth causing a banishment of the contact with the anguishes related to the loss of the object. The basic idea of this work is that, when aggression can not be experienced based on a psychic-well-being, it can easily turns into something that fills out the consciousness of the separation from the objet of love. This prevents the contact with the feelings of the object s dependency, feelings of helplessness, rejection, abandonment and with the anguishes of loss and separation, making impossible for them to be recognized and worked-through. Therefore, aggression cannot become a source of creative power. It creates an obstacle to psychic development, for the expansion and growth of the mind. In this way, aggression can even be used as an attempt to immobilize the object, eliminating the anguishes of the objet loss, leading to circular psychic movements that prevent the contact with a discriminated object, paralyzing the psychic operation. We looked also to discuss, throughout this work, the different possibilities of aggressions transformation, opening the horizon to some symbolic destinations, for the development of the thought and for the repair. This research is based on a psychoanalytical approach, and in this journey, authors like Sigmund Freud, Donald Winnicott, Melanie Klein, and many others contemporaries like Andre Green, Jean Michel Quinodoz, Luis Claudio Figueiredo, Renato Mezan, Elisa Cintra, to name a few, were my fellows, in which work I found evidence to support this thesis theoretically. Far from exhausting the subject of study proposed here, this paper aims to trouble it, in order to broaden discussions and clinicaltheoretical joints around the same === Este trabalho tem como objetivo pesquisar o conceito da agressividade tanto como condição de desenvolvimento quanto como entrave do acontecer psíquico. Para tanto, procuro articular o conceito estudado às relações estabelecidas entre a criança e seus objetos de amor, explorando mais propriamente os processos de elaboração das angústias de perda e separação do objeto. Trabalho com a hipótese de que quando o processo de separação do objeto de amor pode ser vivenciado com tranquilidade, abrese um espaço psíquico no ego que permite o reconhecimento e o acolhimento de uma mínima diferença entre ego e objeto. A partir de recortes clínicos, procuro pensar sobre os extravios do processo de separação do objeto materno em se sustentam dinâmicas onde a separação do objeto fica equacionada a fantasias de expulsão e rejeição, situação que constitui terreno fértil para que a agressividade seja experimentada de forma a criar obstáculos ao crescimento psíquico, ao provocar um tamponamento das angústias relacionadas à perda do objeto. A ideia de base deste trabalho é a de que, quando a agressividade não pode ser experimentada em uma base psíquica de bem-estar, ela pode se converter facilmente em uma forma de preencher a consciência da separação do objeto de amor, obturando o contato com sentimentos de dependência do objeto, de desamparo, rejeição e abandono e com as angústias de perda e de separação, impossibilitando que estas possam ser reconhecidas e elaboradas. Desta forma, a agressividade não pode se converter em potência criativa e cria um entrave para o desenvolvimento psíquico, para a expansão e para o crescimento da mente. Pode inclusive ser utilizada a serviço de uma tentativa de imobilizar o objeto de amor e eliminar sua perda, conduzindo o psiquismo a movimentos paralisantes e circulares que impedem o contato com um objeto discriminado, com as diferenças vitalizantes. Procuro ainda discutir, ao longo deste trabalho, as possíveis transformações da agressividade, abrindo o horizonte para os destinos simbólicos, para o pensamento e para a reparação. Esta pesquisa se fundamenta no referencial psicanalítico e, nesta jornada, foram meus companheiros autores como Sigmund Freud, Donald Winnicott, Melanie Klein e tantos outros contemporâneos como André Green, Jean Michel Quinodoz, Luis Claudio Figueiredo, Renato Mezan, Elisa Cintra, para citar apenas alguns, nos quais encontrei elementos para sustentar teoricamente este trabalho. Longe de exaurir o objeto de estudo aqui proposto, visa-se antes problematizá-lo, no intuito de ampliar as reflexões e as articulações teórico-clínicas em torno do mesmo