Voltaire e a tolerância

Made available in DSpace on 2016-04-27T17:26:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Edimar Goncalves Ferreira.pdf: 1071875 bytes, checksum: c96ff914f394d396df3f12c077439352 (MD5) Previous issue date: 2011-07-04 === This study discusses the idea of tolerance from the perspective of the eighteenth century...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ferreira, Edimar Gonçalves
Other Authors: Pissarra, Maria Constança Peres
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2016
Subjects:
Online Access:https://tede2.pucsp.br/handle/handle/11570
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-04-27T17:26:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Edimar Goncalves Ferreira.pdf: 1071875 bytes, checksum: c96ff914f394d396df3f12c077439352 (MD5) Previous issue date: 2011-07-04 === This study discusses the idea of tolerance from the perspective of the eighteenth century French writer and philosopher Voltaire. In that century, tolerance and its philosophical grounds were developed by Voltaire in order to combat errors at the beginning of the modern era specifically, fanaticism and religious intolerance. Philosophers and theoreticians before Voltaire, such as Bayle and Locke, equally invested in tolerance for the good of the nation. But as regards this short period, which represents the century of lights, we realize that it was he who made the greatest effort to eradicate religious fanaticism. A Treatise on Tolerance is just one more work of Voltaire s literary productions that deals with the fight against religious fanaticism. The Calas family history, a subject dealt with in the second chapter of this dissertation, tells of violence against alterity; the other in question is French Protestant Jean Calas, the perfect target for bigoted Catholics. First of all, for tolerance to be induced and experienced by people, it was necessary to use reason in a mature way, which would be the only way to change the insane customs of people living under the spell of superstitions. In the third chapter of this study, reason is seen as an assurance in the advancing fight against religious fanaticism. We realize, however, that it is not religion itself that is the manifestation that must be combatted. According to Voltaire, religion serves as an excellent moral brake for humans who are not able to control their own lives without religion. However, the supreme good of the nation was the most important thing to attain. The laws were to be respected and the church needed to submit to the state in order to enable social tolerance. Voltaire, however, claims that new morals should guide society; morals that were enlightened not by religion, but by reason. Above all, it is these morals that should take the human spirit toward the preservation of the physical and moral well-being of society === Este estudo procurou dissertar sobre a ideia de tolerância na ótica de Voltaire, pensador e escritor francês do século XVIII. No referido século, a tolerância e seu projeto filosófico foram arquitetados por Voltaire com a pretensão de combater os erros do inicio da modernidade que eram o fanatismo e a intolerância religiosa. Antes de Voltaire outros pensadores e teóricos investiram igualmente ao bem da nação, no que diz respeito à tolerância, como Bayle e Locke, porém em se tratando desse curto período que representa o século da luzes, percebe-se que foi ele quem mais dedicou esforços para eliminar o fanatismo religioso. O Tratado Sobre a Tolerância é apenas uma obra a mais na produção literária de Voltaire quando se trata desse combate contra o fanatismo religioso. A história sobre a família Calas assunto tratado no Capitulo segundo dessa dissertação, nos informa sobre a violência contra a alteridade; o outro em questão, Jean Calas, protestante,é o alvo perfeito dos católicos intolerantes. A tolerância para que fosse estabelecida e vivida pelas pessoas era necessário em primeiro lugar o uso amadurecido da razão; somente essa seria capaz de reformar os costumes insanos de um povo vivendo a deriva das superstições. No terceiro capitulo desse estudo a razão é expressa como um penhor desse combate que avança contra o fanatismo religioso. Cabe ,portanto, perceber que não era a religião em si mesma, o mostro funesto a ser combatido. Essa como dizia Voltaire é um excelente freio moral aos homens que não eram capazes de, sem a religião, terem a autonomia em suas vidas. O que, porém precisava ser obtido acima de tudo era o bem supremo da nação. As leis deviam ser respeitadas, a igreja precisava submeter-se ao poder do Estado a fim de que uma tolerância social pudesse existir. Voltaire, no entanto compreende que uma nova moral devia conduzir a sociedade; uma moral que fosse iluminada não pela religião, mas pela razão. É ,essa, acima de tudo que devia produzir no espírito dos homens a preservação do bem físico e moral da sociedade