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Karla Vello Meyrelles Barcelos.pdf: 3811847 bytes, checksum: 226b709b94b22a4d386687dbcc18b087 (MD5)
Previous issue date: 2008-12-10 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === Juvenile culture is a concept that is part of a theoretical repertory of some anthropologists whose
works have renewed the study about youth (Pampols, 1999; Martin-Barbero, 1999; Reguillo,
1999; Margullis & Urresti, 1999; Islas, 1999; Valenzuela, 1999). The research, which was
accomplished during 2005 and 2007, deals with juvenile cultures and with a public high school
located in Vila Pompeia, west area of the city of Sao Paulo. The aim of this research is to
understand the uses that young students have been producing of a public state high school that
was investigated in the context of relations and social interactions that reveal, inside the school,
different juvenile manifestations. Investigating the uses (De Certeau, 1994) that young students
produce of the public school where they study shows, in a certain way, an interest in what they
have been able to create, fabricate from the way the school offers itself to their consumption e by the relations which are established with the actors that compose the scholar universe. As
hypothesis, it is believed that the juvenile cultures that are spread give opportunity to new uses of
the public high school. It means that juvenile manifestations inside the school cannot be
explained in a brief way, just viewed as indiscipline, pathology or bad behavior expressions of
the youth. From Woods (1987; 1991) and Geertz (1989) ethnographic perspectives, the symbolic
and concrete games that compose the juvenile manifestations in their sociability rites were
considered. The methodological procedures we used were field observations, records,
conversations, interviews, questionnaires and dossiers accomplishment. Young students from the
first, the second and the third year from different shifts, teachers, inspectors, counterwoman,
cleaning agent, and director were interviewed. The results point out that juvenile cultures are
important and constituent parts of social functions assumed by the school. It was possible to
prove that the school organization, with principles, rules, and values which are historically built is
able to express the interactions and relations established by the young students inside the school.
We can say that it is from concrete conditions and symbolic operations which are built together
that we have the juvenile cultures and the new uses of the investigated public school === Cultura Juvenil é um conceito que faz parte do repertório teórico de alguns antropólogos cujos
trabalhos têm renovado o estudo sobre a juventude (Pampols, 1999; Martín-Barbero, 1999;
Reguillo,1999; Margullis & Urresti, 1999; Islas,1999; Valenzuela, 1999). A pesquisa, realizada
durante os anos de 2005 e 2007, trata das culturas juvenis e de uma escola pública de ensino
médio, situada na Vila Pompéia, zona oeste da cidade de São Paulo. O objetivo desta pesquisa
consistiu em compreender os usos que jovens alunos têm feito de uma escola pública estadual
de ensino médio, que foi investigada no contexto das relações e interações sociais que, no interior
da escola, revela diferentes manifestações juvenis. Investigar os usos (De Certeau, 1994) que os
jovens alunos fazem da escola pública em que estudam é, de certa maneira, interessar-se pelo que
eles têm sido capazes de criar, fabricar a partir do modo como a escola se oferece aos seus
consumos e pelas relações estabelecidas com os atores que compõem o universo escolar. Como
hipótese, acredita-se que as culturas juvenis que estão em circulação ensejam novos usos da
escola pública de ensino médio. Isso significa dizer que as manifestações juvenis no interior da
escola não podem ser explicadas de maneira resumida, vistas apenas como uma expressão de
indisciplina, de patologias e desvios de conduta por parte dos jovens alunos. A partir da
perspectiva etnográfica de Woods (1987; 1991) e de Geertz (1989), foi considerado o jogo
simbólico e concreto que constitui as manifestações juvenis em seus diferentes ritos de
sociabilidade. Os procedimentos metodológicos utilizados foram: observações no campo,
realização de registros, conversas e entrevistas, questionário, prontuários. Foram entrevistados
jovens alunos do primeiro, segundo e terceiro ano dos diferentes turnos, professores, inspetores,
cantineira, agente de limpeza e direção da escola. Os resultados apontam que as culturas juvenis
são partes importantes e constituintes das funções sociais assumidas pela escola. Foi possível
constatar que a organização escolar, por meio das normas, regras e valores constituídos
historicamente são capazes de expressar as interações e relações estabelecidas pelos jovens
alunos no interior da escola. Pode-se dizer que é a partir das condições concretas e de operações
simbólicas conjuntamente construídas que temos as culturas juvenis e os novos usos da escola
pública investigada
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