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Previous issue date: 2017-07-14 === CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The present work aimed to understand the process of monopolization of the territory by the capital in the municipality of Maués-AM from the commercial production of guarana. As an economic activity it was found that the commercialization of guaraná has been registered since the 17th century by the indigenous Sateré Mawé, the inventors of this culture, who at that time already established relations of trade of this product with the Europeans and later with the Bolivians and Cuiabanos. From the nineteenth and twentieth centuries, the commercial activity of guaraná was incorporated by those who were the result of forced miscegenation between the Portuguese settlers and the indigenous women, that is, the peasants, who came to predominate in the cultivation and marketing of guarana in the Municipality of Maués. With the growth of the guarana-based beverage industries in the early 20th century, the former Antarctic companies of São Paulo and Andrade de Manaus spent in this period marketing the guaraná with the peasants of Maués, and because of the increasing demand for raw material, in 1964 the beverage company Antártica installed its Guarana extracts factory in the city of Maués, creating a new social, economic and spatial dynamic in this municipality. In 1999 the then beverage company Antarctica merged with the Brahma brewery, resulting in the Beverage Company of the Americas-AmBev, one of the largest beverage companies in the world today. In the 90's Maués has a strong crisis in the production of guaraná, which will cause AmBev in partnership with Embrapa to begin to spread the cloned guaraná, which are more productive and disease resistant seedlings. These improved seedlings began to be distributed mainly from the 2000s, through financing from the banks. In the municipality of Maués the cloned guaraná found acceptance and at the same time resistance on the part of the peasants, however, is a productive rationality that little by little has been propagating, where the greatest example of this diffusion is the locality known as Urupadi, where about 60 % Of the peasants work with the clones, which causes them to produce more than 60% of all guaraná production in the municipality of Maués. In the part of the commercialization AmBev uses a system of commerce of the guaraná through intermediaries, that are financed by the company to commercialize the raw material next to the peasants, with whom in many cases they establish relations of integration. Research has shown that peasants in their relationship with capital are increasingly dependent, but this does not mean the end of their autonomy, only a need for social and economic reproduction based on the activity of guarana. === O presente trabalho teve como objetivo compreender o processo de monopolização do território pelo capital no município de Maués-AM a partir da produção comercial do guaraná. Como atividade econômica constatou-se que a comercialização do guaraná é registrada desde o século XVII por meio dos Indígenas Sateré Mawé, os inventores dessa cultura, que nessa época já estabeleciam relações de comercio desse produto com os europeus e posteriormente com os bolivianos e cuiabanos. A partir dos séculos XIX e XX a atividade comercial do guaraná foi sendo incorporada por aqueles que foram fruto da miscigenação forçada entre os colonos portugueses e as mulheres indígenas, ou seja, pelos camponeses, que passaram a predominar no cultivo e na comercialização do guaraná no município de Maués. Com o crescimento das indústrias de bebidas à base de guaraná no início do século XX, as antigas empresas Antártica de São Paulo e Andrade de Manaus passaram nesse período a comercializar o guaraná junto aos camponeses de Maués, e por conta da demanda crescente por matéria prima, a partir de 1964 a empresa de bebidas Antártica instala sua fábrica de extratos do guaraná na cidade de Maués, criando a partir daí uma nova dinâmica social, econômica e espacial nesse município. Em 1999 a então empresa de bebidas Antártica se fundiu com a cervejaria Brahma, resultando na Companhia de Bebidas das Américas-AmBev, uma das maiores empresas de bebidas do mundo atualmente. Na década de 90 Maués registra uma forte crise na produção do guaraná, o que fará com que a AmBev em parceria com a Embrapa passem a difundir o guaraná clonado, que são mudas mais produtivas e resistentes as doenças. Essas mudas melhoradas começaram a ser distribuídas principalmente a partir dos anos 2000, por meio de financiamento junto aos bancos. No município de Maués o guaraná clonado encontrou aceitação e ao mesmo tempo resistência por parte dos camponeses, porém, é uma racionalidade produtiva que aos poucos vem se propagando, onde o maior exemplo dessa difusão é a localidade rural conhecida como Urupadi, onde cerca de 60% dos camponeses trabalham com os clones, o que faz com que eles produzam mais de 60% de toda produção do guaraná do município de Maués. Na parte da comercialização a AmBev usa um sistema de comercio do guaraná por meio de atravessadores, que são financiados pela empresa para comercializar a matéria prima junto aos camponeses, com quem em muitos casos estabelecem relações de integração. A pesquisa permitiu constatar que os camponeses na sua relação com o capital encontram-se cada vez mais dependentes, porém, isso não significa o fim de sua autonomia, apenas uma necessidade de reprodução social e econômica pautada na atividade do guaraná.
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