A singularidade da farinhada em território indígena: um estudo na sociedade Maraguá em Nova Olinda do Norte - Am, no período da seca e cheia dos rios

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: Cintrão, Núbia Lira
Other Authors: Silva, Heloísa Helena Corrêa da
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Amazonas 2015
Subjects:
Online Access:http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4218
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topic Farinhada
Maraguá
Pira-pukeka
Fenômeno cheia e seca
Tradição
Drought flood phenomenon
Tradition
OUTROS
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Maraguá
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Cintrão, Núbia Lira
A singularidade da farinhada em território indígena: um estudo na sociedade Maraguá em Nova Olinda do Norte - Am, no período da seca e cheia dos rios
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We have considered six analytical categories: flood and drought phenomena (winter and summer), conflict and resistance, training processes with spontaneous and induced structural axis: farinhada. The results consisted in understanding the social significance of farinhada, the flour mill house and its utensils, the fields, the force of tradition linked to the cultivation and preservation of cassava cuttings, its legendary tradition, the nutritional value of the product, subsistence and commercial production and sexual division of labor. The flower mill house is also a place for socio affective relationships: friendship, dating, marriage, godfatherhood, gossip, laughter and concerns, children involved in recreational activities and the typical act of playing. The gardening as a production mechanism of subsistence of the Maragua tribe is both product and merchandise. We have found common aspects when comparing the two "major parties" of the tribes: the farinhada and the pyre-pukeka, both under the organization and the involvement of the three villages. These parties move the Maragua tribes towards their common goals, all of them perspire the feeling that the community has of its unit. The meetings that take place with the groups are not generated just for the sake of the party, but everything that revolves around it, from preparation to execution. All these facts translate the farinhada as subsistence and commerce product; it organizes social identity and generates identity ties. === A pesquisa intitulada “A singularidade da farinhada em território indígena: um estudo na sociedade Maraguá em Nova Olinda do Norte-Am”, no período da seca e cheia dos rios, objetiva analisar o modo como surgiu e se mantém a farinhada na organização social indígena, sob o pensamento dos Maraguá. Os Maraguá distribuem-se em três aldeias: Yãbetue’y -Terra Preta, Kãwera- esqueleto velho e Tupãnawa- Pilão. Das três aldeias, a pesquisa concentrou-se em apenas duas: Yãbetue’y e Tupãnawa. Fundamenta-se nos estudos teóricos e empíricos, mediante pesquisa exploratória: bibliográfica, documental e contatos diretos (pesquisa de campo), por meio da técnica etnográfica, durante as incursões nos anos de 2011 e 2012. Considerou-se seis categorias analíticas: fenômeno cheia e seca ( inverno e verão), conflito e resistência, processos formativos espontâneos e induzidos com o eixo estrutural: farinhada. Os resultados alcançados consistiram na compreensão sobre o significado social da farinhada, da casa de farinha e dos utensílios, da roça, da força datradição ligada ao cultivo da mandioca e conservação das manivas, do aspecto lendário, aspectos nutricionais desse produto, produção de subsistência e comercial e divisão sexual do trabalho. A casa de fazer farinha é também espaço de relações socioafetivas: amizade, namoro, casamento, compadrio, fofoca, gargalhadas e preocupações, crianças envolvidas com atividades típicas e lúdicas do ato de brincar. A roça enquanto mecanismo de produção de subsistência dos Maraguá é ao mesmo tempo produto e mercadoria. Constatou-se, ainda pontos comuns na comparação das duas “grandes festas”: a da farinhada e da pira-pukeka, tanto na organização quanto no envolvimento das três aldeias, ambas movimentam os Maraguá em prol de objetivos comuns, nelas transpiram de todas as maneiras o sentimento que a comunidade tem de sua unidade. As reuniões que acontecem com o grupo não são geradas apenas em prol da festa, mas de tudo que gira em torno dela, desde a preparação até sua execução. Isso tudo traduz a farinhada como produto de subsistência e comercio, organiza relações sociais e gera laços identitários.
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Cintrão, Núbia Lira
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