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Previous issue date: 2011-11-29 === This research encompasses the creation of shelters destined to mendicants and indigents in the city of Manaus, at the end of the Imperial regime and at the beginning of the Republic. Subjacent to this process, we worked on the mechanisms of intensification of the social differences from the creation of the Province in 1852, and therefore, poverty became not only visible to governors, but also a disturb to the emerging mercantilist and bureaucratic élite.
The adequation of production and consumering relations to the liberal forms of production, coincident to the organization of Brazilian nation conducted the deliberation of a series of public politics which aimed at adapting individuals and space to the modern demands. Habits, customs, traditions and ways of living had to be submitted to a rigid control, and behavior changing was fundamental to that. Within this reforming picture, those who did not want or could not be immediately absorved by the productive process due to a series of reasons which included orfanity and mendicancy, started to be regarded with mistrust and became an aim to cohibiting politics which conducted them to enclosure.
The creation of shelters destined to poor people had an educational character for children, as well as a medical aspect to sick and indigent people. This process was conducted within a philanthropic discourse which hid both the growth of poverty and a series of segregation intentions === A pesquisa aqui apresentada aborda a criação das casas de abrigo destinadas a desvalidos e indigentes na cidade de Manaus, no período final do regime Imperial e anos iniciais da República. Subjacente a este processo, dissertamos acerca dos mecanismos de intensificação da diferenciação social desencadeada no Amazonas a partir da criação da Província em 1852, no qual a exclusão social e, por conseguinte, a pobreza tornou-se não só visível aos olhos dos governantes, mas ainda incômoda para uma elite mercantil e burocrática emergente.
A adequação das relações de produção e consumo às formas liberais de produção, coincidentes com a organização da nação brasileira, conduziu a deliberação de uma série de políticas públicas que visavam adaptar os indivíduos e o espaço às demandas modernas. Hábitos, costumes, tradições e modos de vida deveriam ser submetidos a um rígido controle, para o que a mudança comportamental era fundamental. Neste quadro reformador, aqueles que não queriam ou não podiam ser imediatamente absorvidos pelo processo produtivo, por motivos diversos que vão da orfandade à mendicância, passaram a ser vistos com desconfiança e tornaram-se alvo de medidas coercitivas e que conduziam ao enclausuramento.
A criação das casas de abrigo destinadas aos pobres, em geral de caráter educacional para crianças e médico-hospitalares para enfermos, alienados e indigentes, foi realizada a partir de um discurso filantrópico que mascarava não só o crescimento da pobreza, como uma série de intenções segregadoras.
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