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Previous issue date: 2008-11-20 === Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas === Esta pesquisa investigou as práticas educativas adotadas pela rádio comunitária A Voz das Comunidades, a primeira do Brasil autorizada pelo Ministério das Comunicações, que existe há sete anos na comunidade do Mutirão, no bairro
Cidade Nova I, zona Norte de Manaus. Como desafios, o trabalho apresenta os de compreender, analisar métodos e diagnosticar as falhas na missão de transmitir uma
programação pautada na educação libertadora. Adotamos a pesquisa de campo fenomenológica de cunho qualitativo como método de investigação da rádio A Voz das Comunidades, com destaque para a educação, a comunicação e a participação
comunitária. A pesquisa fenomenológica qualitativa permite que elementos de subjetividade possam ser ressaltados na análise. Os dados colhidos no trabalho de campo realizado por meio de entrevistas abertas, semi-abertas e grupo focal foram
analisados a partir da metodologia hermenêutica-dialética. Ao unirmos a hermenêutica, que se movimenta na perspectiva da compreensão, consciência histórica, empatia e intersubjetividade, e a dialética, cujo ponto de partida é idéia de crítica, negação, oposição, transformação e contradição da realidade social, o resultado foi enriquecedor, pois um volume considerável de informações e revelações sobre o cotidiano no qual A Voz das Comunidades estava inserida foi
revelado. Além de reunir elementos, conhecer e analisar as contribuições da rádio para o Mutirão, também apontamos a necessidade de ajustes no sentido de melhorar o envolvimento da população com a rádio. As teorias da Ação
Comunicativa de Habermas e a da Ação Dialógica de Paulo Freire serviram de sustentação teórica para evidenciar a urgência para a criação e reforço de vínculos
com a cultura local, promovendo o diálogo horizontal entre moradores e gestores da emissora. Trabalhamos também com o conceito de Educomunicação, um novo campo de inter-relação entre a comunicação e a educação, para compreender as mediações educacionais da rádio, propor ações práticas na área da gestão comunicativa que estimulem a participação popular na emissora e facilite a captação
de recursos financeiros, uma das principais dificuldades enfrentadas. Nossa conclusão aponta para a educação inter-relacionada à comunicação e à participação
popular como possibilidade frutífera para consolidar práticas e fortalecer o espaço de aprendizagem ou ecossistema educativo informal que a rádio representa.
Apontamos a necessidade de metodologias que consideram a diversidade cultural local para estimular e manter o protagonismo popular e, assim, criar uma ambiente
favorável para a educação libertadora.
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