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Previous issue date: 2017-08-25 === CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === O valor da vida humana é um dos poucos consensos contemporâneos. A dignidade humana,
por meio do caráter filosófico do termo pode ser considerado um conceito frágil e subjetivo,
porém o mesmo é plano de fundo de diversas Cartas Magnas, buscando garantir o mínimo
existencial às pessoas. As representações sociais da Aids que circulam no imaginário social
acarretam um estigma às pessoas que vivem com HIV. O estigma é reconhecido como uma
barreira que impede os avanços no que tange ações e políticas em busca da garantia da
dignidade humana. Este estudo insere-se no Grupo de Pesquisa Cotidiano do Cuidar em
Saúde e em Enfermagem, em sua linha cuidando do adulto e do idoso: o cotidiano como
espaço de representações do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade
Federal de Juiz de Fora (UFJF). Aborda o momento de descoberta da sorologia positiva para o
HIV e o cotidiano. Assim, teve-se por objetivo analisar as representações sociais de pessoas
que vivem com o HIV sobre a descoberta e os elementos da dignidade humana que orientam a
gestão cotidiana de ser positivo. É uma pesquisa qualitativa, tendo os pressupostos de análise
a Teoria das Representações Sociais, na abordagem processual de Denise Jodelet. Aprovada
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFJF, sob CAAE 57724016.2.0000.5147. O cenário foi
um Serviço de Atendimento Especializado, os participantes foram 12 pessoas que vivem com
HIV há no mínimo 6 meses e no máximo 3 anos. A coleta das informações aconteceu nos
meses de outubro de 2016 a fevereiro de 2017. Utilizou-se de duas técnicas de coleta: a
entrevista aberta e uma técnica projetiva. Para organizar as informações utilizou-se a proposta
de Análise do conteúdo, proposta por Bardin as quais foram analisadas ancoradas nos
pressupostos da Teoria das Representações Sociais. Os resultados se revelam em duas
categorias: representações sobre o sentido de descobrir-se soropositivo, e os elementos da
dignidade que orientam a gestão cotidiana de pessoas que vivem com hiv. As representações
revelam ambiguidade, pois ao mesmo tempo em que há uma representação de normalidade ao
viver com o vírus, os participantes relatam um cotidiano marcado pelas situações de
violência: simbólicas ou não. Os achados orientam a importância da terapia antirretroviral, do
apoio familiar e do trabalho no processo de gestão. Em relação às violações dos componentes
da dignidade humana, o estigma parece ocupar o lugar principal, pois, devido a ele, as pessoas
que vivem com HIV diminuem suas relações sociais, e os impactos desse isolamento vão da
solidão à privação direta de bens materiais e simbólicos. === The value of human life is one of the few contemporary consensuses. Human dignity, through
the philosophical character of the term can be considered a fragile and subjective concept, but
the same is the background of several Magnes Letters, seeking to guarantee the existential
minimum to the people. The social representations of AIDS that circulate in the social
imaginary cause stigma to people living with HIV. Stigma is recognized as a barrier that
prevents advances in actions and policies in pursuit of the guarantee of human dignity. This
study is part of the Research Group on Health Care and Nursing, in its care of the adult and
the elderly: daily as a space for representations of the Graduate Program in Nursing of the
Federal University of Juiz de Fora ( UFJF). It addresses the moment of discovery of positive
serology for HIV and daily life. Thus, the objective was to analyze the social representations
of people living with HIV on the discovery and elements of human dignity that guide the
daily management of being positive. It is a qualitative research, having the assumptions of
analysis the Theory of Social Representations, in the procedural approach of Denise Jodelet.
Approved by the Research Ethics Committee of UFJF, under CAAE 57724016.2.0000.5147.
The scenario was a Specialized Attendance Service, participants were 12 people living with
HIV for at least 6 months and a maximum of 3 years. Information collection took place from
October 2016 to February 2017. Two collection techniques were used: the open interview and
a projective technique. In order to organize the information we used the proposal of Content
Analysis, proposed by Bardin, which were analyzed anchored in the assumptions of Theory of
Social Representations. The results are presented in two categories: representations about the
meaning of finding themselves seropositive, and the elements of dignity that guide the day-today
management of people living with HIV. The representations reveal ambiguity, because at
the same time that there is a representation of normality when living with the virus, the
participants report a daily life marked by situations of violence: symbolic or not. The findings
guide the importance of antiretroviral therapy, family support and work in the management
process. In relation to violations of the components of human dignity, stigma seems to occupy
the main place because, because of it, people living with HIV diminish their social relations,
and the impacts of this isolation go from solitude to direct deprivation of material goods and
symbolic.
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