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Previous issue date: 2007-09-26 === O Museu Mariano Procópio (MMP), formado a partir da prática de colecionamento de
Alfredo Ferreira Lage e doado à Prefeitura Municipal de Juiz de Fora em 1936, é o objeto
desse trabalho. O seu acervo é o segundo maior do Período Imperial, destacando-se por
algumas obras históricas e artísticas importantes como o fardão usado por D. Pedro II na
cerimônia da maioridade, em 1840; o quadro “Tirandentes Esquartejado”, de Pedro
Américo; porcelanas das Companhias das Índias; parte do mobiliário da Família Imperial;
além do acervo documental e da biblioteca de obras raras. Esse patrimônio foi freqüentado
e visitado por pessoas com projeção no cenário nacional como D. Pedro II e sua família,
políticos, intelectuais e até mesmo o Presidente Getúlio Vargas em visita à Juiz de Fora.
Tornou-se um ícone da construção das identidades regional e nacional pelos símbolos e
discursos dispostos através do seu arranjo. Dessa forma, essa dissertação objetiva
identificar, através de uma perspectiva antropológica, as percepções de uma coletividade
acerca da rede de sentidos e significados construída por meio do dialogo com o objeto
material num determinado contexto e suas nuances, produzindo memórias e identidades
individuais e coletivas. Busca-se compreender como é o processo de apropriação desse
objeto pelos visitantes e funcionários. Apreende-se a produção do patrimônio cultural
como “narrativas” ou como “formação discursiva” que possibilita mapear os conteúdos
simbólicos, objetivando descrever a “formação da nação” e a constituir a identidade
cultural. Analisa-se o Museu Mariano Procópio à luz da noção de “Fato Social Total”
imbricado na dinâmica cultural, discutindo os mecanismos e a possível eficácia do
patrimônio enquanto formador dessa identidade. Já que esse espaço não se apresenta como
um produto natural ou físico, mas, sobretudo, como uma construção social, resultado
sócio-histórico das disputas em torno da significação do território e suscetível a mudanças.
Esse trabalho se baseia no museu como espaço simbólico de diferentes atores sociais,
assim como a análise dos discursos produzidos sobre o patrimônio material, através da
relação homem/objeto/contexto num determinado locus e sua disposição através de
conflitos e tentativas de apropriação do patrimônio por diversos setores. === The object of this work is Museu Mariano Procópio (MMP), formed by Alfredo Ferreira
Lages’s practice of collecting and donated to Prefeitura Municipal de Juiz de Fora in 1936.
Its collection is the second biggest of the Imperial Period, it distinguishes itself for
important works such as the uniform that D. Pedro II wore in the Majority Ceremony in
1840; the picture ‘Tiradentes Esquartejado’, painted by Pedro Américo; porcelain from
Companhia das Índias; part of the furniture of the Imperial Family; beyond the documental
collection and the library of rare works. This patrimony was frequented and visited by
important people as D. Pedro II and his family, politicians and intellectuals. It has become
an icon in the construction of regional and national identities because of the symbols and
speeches disposed through its arrangement. Thus, this dissertation aims at identifying,
through an anthropological perspective, the perceptions of a collectivity about the net of
feelings and meanings constructed through the dialog with the material object in a certain
context and its nuances, producing individual and collective memories and identities. We
look for comprehend the process of appropriation of that object by the visitors and
employees. We apprehend the production of the cultural patrimony as ‘narratives’ or as
‘discursive formation’ that make possible to map the symbolic content, aiming at
describing the nation formation and constituting the cultural identity. We analyze Museu
Mariano Procópio in the light of the notion of the ‘Total Social Fact’ overlapped in the
cultural dynamics, discussing the mechanisms and the effectiveness of the patrimony while
former of that identity. Since this space doesn’t appear as a physical or natural product, but
above all, as a social construction, a social historical result of disputes around the meaning
of the territory and susceptible to changes. This work is based on the museum as a
symbolic space of different social actors, as well as on the analysis of speeches produced
about the material patrimony, through the relation man/object/context in a certain locus
and its disposition through conflicts and attempts of appropriation of the patrimony by
several sectors.
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