VARIAÇÃO NA CONCENTRAÇÃO DE CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAIS E POLÍMEROS DE PAREDE CELULAR EM ESPÉCIES ARBÓREAS DE UMA FLORESTA DE RESTINGA

Made available in DSpace on 2018-08-02T00:16:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_11803_Dissertação pdf Fabiano.pdf: 1885241 bytes, checksum: d13a2a854cebe40fa650637e8ab334ad (MD5) Previous issue date: 2018-03-02 === O Brasil possui extensas áreas litorâneas que são classificadas como Restingas....

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Volponi, Fabiano Caprini
Other Authors: CUZZUOL, G. R. F.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2018
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/9941
Description
Summary:Made available in DSpace on 2018-08-02T00:16:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_11803_Dissertação pdf Fabiano.pdf: 1885241 bytes, checksum: d13a2a854cebe40fa650637e8ab334ad (MD5) Previous issue date: 2018-03-02 === O Brasil possui extensas áreas litorâneas que são classificadas como Restingas. Estas regiões pertencem ao Bioma Mata Atlântica e possuem fitofisionomias multivariadas. As condições de formação do relevo dessas áreas foram muito influentes na formação das comunidades vegetais e suas características são muito atribuídas às condições edáficas. Entre as formações vegetais, destaca se a floresta de restinga, que se estabelece desde regiões mais baixas, onde está sujeita a grande influência do lençol freático, podendo até sofrer inundações, até regiões mais altas como nos cordões arenosos, onde os solos são mais pobres em nutrientes e profundos. Para a presente pesquisa foi considerada uma região de floresta de restinga que possui três zonas distinguíveis em estrutura, florística e condições edáficas. A zona periodicamente inundável que apresenta as maiores alturas e diâmetros dos indivíduos, menor riqueza de espécies, maior disponibilidade de nutrientes e lençol freático que pode superar o nível do solo no verão. A zona não inundável é aquela com maior riqueza de espécies, menores portes arbóreos, solo profundo e pobre em nutrientes. Já a zona intermediária está localizada entre as outras regiões da floresta, o relevo é em declive, a profundidade do lençol freático é variável e sua comunidade arbórea se assemelha estruturalmente a zona inundável. Cada uma das três zonas da floresta é colonizada por espécies chamadas de específicas, pois só ocorrem em determinada região e generalista que se distribuem por toda a floresta. As particularidades de cada zona da floresta em relação à disposição de nutrientes, umidade e distribuição das espécies pode relevar respostas diferenciadas quanto à alocação e consumo de compostos de carbono, principais componentes da massa seca das plantas. Por esse motivo, carboidratos não estruturais (Amido, frutose, glicose e sacarose) e polímeros de parede celular (Celulose, hemiceluloses e lignina) foram quantificados nos tecidos, caule, ramo e folhas de arbóreas específicas e generalistas mais representativas de cada zona florestal. As amostragens foram realizadas no final do inverno e verão, com o objetivo de identificar padrões sazonais nas concentrações dessas moléculas e relaciona-las as mudanças ambientais e fenológicas. Além disso, seria possível encontrar padrões diferenciáveis entre as zonas da floresta, relacionados às condições edáficas contrastantes. Considerações importantes foram feitas: (1) As hemiceluloses se comportaram como os carboidratos de reserva mais significativos, superando até a participação do amido. (2) As diferenças entre as fenofases influenciam mais nos requerimentos energéticos e demanda por carbono do que as condições sazonais. (3) As arbóreas das regiões da floresta mais impactadas pelo déficit hídrico e deficiências nutricionais apresentam maiores concentrações de carboidratos de reserva em comparação com a zona mais úmida e com maior oferta nutricional. (4) As populações da zona inundável contam com maiores concentrações de polímeros estruturais nas folhas. (5) Folhas são os órgãos ecofisiologicamente mais responsivos para concentrações de polímeros de parede celular e CNE. (6) Pesquisas desse tipo devem focar principalmente nas espécies generalistas ou naquelas mais próximas possíveis taxonomicamente, além de sugestível que as coletas sejam realizadas em intervalos de tempo menores.