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Previous issue date: 2018-02-26 === Tendo como corpus de investigação o livro de poemas O mundo à solta, de Felipe Fortuna, o
propósito do presente trabalho é empreender uma reflexão que procure mostrar como, por
meio da função referencial da linguagem, o escritor carioca problematiza os mais diversos
temas sociais que se desintegram antes mesmo de se solidificarem, revelando o odor acre do
mundo, ou seja, o cheiro sulfúrico do milênio que exala da sua poética. Sendo assim,
também analisaremos a sua lírica à luz dos ensinamentos de Michel Foucault sobre o
panóptico tipo de penitenciária idealizada pelo filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham e
as relações de poder; de Zigmunt Bauman sobre o sinóptico mecanismo de poder pensado
por Thomas Mathiesen e liquidez; de Karl Marx e Friedrich Engels, Max Weber e de Giorg
Simmel sobre a reprodução das relações de dominação e sobre o capitalismo moderno, dentre
outros. Tentaremos evidenciar como o poeta reflete sobre as complexas relações, as incertezas
e as transformações pelas quais passa boa parte da humanidade, nas últimas décadas.
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