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Previous issue date: 2016-07-13 === A pesquisa tem como enfoque explorar as possibilidades da psicanálise contribuir para comprensão e cuidado da saúde mental de mulheres presas com diagnóstico estrutural de psicose em um presídio. O trabalho é resultado de dois anos do A lógica do crime nas mulheres, que escutou aproximadamente doze mulheres diagnosticadas com transtorno mental grave em um grupo terapêutico realizado no presídio de Bubu, na cidade de Cariacica-ES. A pesquisa teve como questões norteadoras os sujeitos presos
em sofrimento psíquico grave nas instituições totais prisionais comuns, que se tornam números fantasmas na estatística jurídica, o que nos faz pensar em uma denegação desse público nas instituições prisionais. Em torno disso, procuramos responder as seguintes questões: (1) como um psicanalista pode acolher essas pessoas, isso é possível? (2) Se um psicanalista vem a acolher um preso psicótico dentro dos muros da prisão, como os princípios da psicanálise poderá contribuir? (3) Seria possível pensar na operação clínica de construção de meios de bordejar um certo transbordamento de gozo próprio das psicoses? (4) É pertinente, nesse contexto, lançar mão dessa operação analítica, de forma a incidir sobre o imperativo da violência voltado ao próprio preso, ao ponto dele poder prescindir os muros da prisão? (5) De que forma a psicanálise pode contribuir para pensar a relevância do novo ordenamento político, a saber, uma política que aposta nos laços sociais e portanto em uma reintegração social da pessoa como prevista na lei. A pesquisa revela a importância da articulação das novas políticas públicas, com o direito e a psicanálise no atendimento desse público, uma vez que há denegações em vários âmbitos quando se trata de pessoas encarceradas, sobretudo, quando se encontram em sofrimento psíquico.
Palavras-chave: psicose; laço social; direito e psicanálise.
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