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Previous issue date: 2017-10-27 === A literatura tem demostrado a forte relação entre a orientação analítica das organizações e a geração de vantagem competitiva para as mesmas (KIRON et al., 2011; KIRON; FERGUSON; PRENTICE, 2013). Nesse sentido, este estudo foi conduzido no setor supermercadista, com o intuito de compreender a forma com que a orientação analítica influencia a criação de valor principal componente da vantagem competitiva (BARNEY, 1991; ITO et al., 2012; PICCOLI; IVES, 2005) para os clientes. Cabe esclarecer que, para que tal objetivo fosse alcançado, foi preciso cumprir um objetivo anterior, ou seja, investigar a existência de um ranking dos atributos de valor para o cliente de supermercado, visto que não foi encontrada uma sólida discussão a esse respeito na literatura. No intuito de cumprir tais propósitos, a pesquisa adotou uma abordagem mista, sendo a primeira fase quantitativa e a segunda qualitativa. Na fase quantitativa, os dados foram coletados por meio de questionário fechado, aplicado com 480 clientes de supermercados, nas quatro principais cidades da região da Grande Vitória, isto é, Serra, Vitória, Vila Velha e Cariacica. As análises nessa fase foram feitas mediante média e teste qui-quadrado, rodados na plataforma SPSS. Já na fase qualitativa, foi empregado o estudo de caso como estratégia de pesquisa, cujos dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada. Nessa etapa, os dados foram analisados por meio de análise de conteúdo, com auxílio do software MAXQDA12. Os resultados da fase quantitativa apontam que existe, de fato, um ranking entre os atributos de valor para os clientes de supermercado, em que o preço, a qualidade, a variedade e a proximidade foram os atributos considerados de maior valor. Os resultados da fase qualitativa indicam que as decisões acerca de preço e qualidade atributos de maior relevância para os clientes de supermercado tendem a se basear em fontes de informação e processos mais analiticamente orientados. Já as decisões acerca da localização foram consideradas por esse estudo moderadamente analíticas, baseando-se em fontes de informação pouco estruturadas. Por fim, em relação à variedade, a decisão é basicamente guiada pela experiência que os tomadores de decisão têm com o negócio. Identificada a forma com que a orientação analítica influencia as decisões acerca dos atributos de valor mais relevantes para os clientes de supermercado, uma série de considerações e oportunidades são apresentadas ao final deste trabalho no sentido de se avançar com a acumulação e uso de dados, bem como com a valorização, por parte das pessoas, da informação gerada nesse processo, em detrimento da informação produzida pelo feeling. Tais oportunidades buscam explorar, além da produção e uso dos dados, a orientação analítica das pessoas, que ainda parecem confiar na experiência para gerar insights que seriam melhor suportados por processos analíticos.
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