A luta antimanicomial e a política de saúde mental na voz dos militantes do Movimento pela Reforma Psiquiátrica

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Main Author: DUARTE, S. L.
Other Authors: LIMA, R. C. C.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2018
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/8770
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spelling ndltd-IBICT-oai-dspace2.ufes.br-10-87702019-01-21T18:51:31Z A luta antimanicomial e a política de saúde mental na voz dos militantes do Movimento pela Reforma Psiquiátrica DUARTE, S. L. LIMA, R. C. C. FERRAZ, A. T. R. Garcia, M.L.T. Made available in DSpace on 2018-08-01T23:38:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9930_Silvia Louzada Duarte.pdf: 811928 bytes, checksum: ac6717d98cfe9440bbb664bfb71f5c9f (MD5) Previous issue date: 2016-05-24 O objetivo deste estudo é analisar os rumos da Política de Saúde Mental (PSM) (2001- 2015) na perspectiva dos militantes do Movimento pela Reforma Psiquiátrica (MRP) à luz das bandeiras de luta do movimento. Esta reflexão se dá considerando um cenário hoje marcado por resistência de alguns segmentos ao fechamento dos leitos psiquiátricos, a expansão mais recente das comunidades terapêuticas religiosas, o processo de neoinstitucionalização dos sujeitos em sofrimento psíquico e ainda, as mudanças na gestão da coordenação nacional de saúde mental do Ministério da Saúde. Tem-se como hipótese que em um contexto de projetos em disputa, a reforma psiquiátrica vem perdendo alguns dos avanços conquistados desde a década de 1990. Para tanto, foi utilizada como método a história oral, com entrevista semiestruturada, feita a nove militantes do MRP. Para a análise, utilizamos a análise de conteúdo. Os resultados demonstram que a bandeira inicial do movimento, de reforma dos hospitais, foi substituída pela bandeira por uma sociedade sem manicômios, marcando uma trajetória de desinstitucionalização. A bandeira antimanicomial continua viva na agenda do movimento, considerando que os hospitais psiquiátricos ainda se colocam como parte integrante do tratamento após a aprovação da Lei 10.216. Este fato evidencia que a área da saúde mental é fortemente tensionada por diferentes atores que, a partir de seus interesses, se colocam tanto contrários como a favor da reforma psiquiátrica. Marca ainda o tensionamento que estes grupos exercem sobre o aparato estatal. O movimento assume um posicionamento crítico em relação à implementação da PSM. Diante das condições dos serviços de saúde mental, os militantes defendem o fortalecimento não só destes, mas dos serviços públicos em geral. Apesar de não haver um consenso entre os militantes, no que diz respeito aos rumos da PSM, esses denunciam o processo de neoinstitucionalização, com novas formas de institucionalização, por meio do aumento e criação de leitos nas comunidades terapêuticas. Assim, entre avanços, recuos e desafios, enfatizam que a luta no campo da saúde mental não pode ser descolada de um campo maior de luta social, sendo necessário, portanto, o fortalecimento da luta antimanicomial em tempos de crise. Palavras-chave: Política de Saúde Mental. Movimento pela Reforma Psiquiátrica. Desinstitucionalização. Neoinstitucionalização. Militantes pela Reforma Psiquiátrica. 2018-08-01T23:38:33Z 2018-08-01 2018-08-01T23:38:33Z 2016-05-24 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis DUARTE, S. L., A luta antimanicomial e a política de saúde mental na voz dos militantes do Movimento pela Reforma Psiquiátrica http://repositorio.ufes.br/handle/10/8770 info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal do Espírito Santo Mestrado em Política Social Programa de Pós-Graduação em Política Social UFES BR reponame:Repositório Institucional da UFES instname:Universidade Federal do Espírito Santo instacron:UFES
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