DA PERFORMANCE AO POSTAL: a arte postal de Paulo Bruscky

Made available in DSpace on 2018-08-01T23:30:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_11399_Sigrid Revisada _ 19_10_2017.pdf: 2792138 bytes, checksum: 1d5f6734db576898639b2a89d68d2fdf (MD5) Previous issue date: 2017-09-21 === Esta dissertação tem por objetivo refletir sobre a produção contemporânea de...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: TAVARES, S. A.
Other Authors: RIBEIRO, N. P.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2018
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/8504
Description
Summary:Made available in DSpace on 2018-08-01T23:30:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_11399_Sigrid Revisada _ 19_10_2017.pdf: 2792138 bytes, checksum: 1d5f6734db576898639b2a89d68d2fdf (MD5) Previous issue date: 2017-09-21 === Esta dissertação tem por objetivo refletir sobre a produção contemporânea de arte postal e de performance desenvolvida com essa finalidade, destacando a contribuição do artista brasileiro Paulo Bruscky. Ao longo de sua trajetória, iniciada na segunda metade da década de 1960, ele explorou a noção de corporalidade, realizando performances e happenings, além de se mostrar sempre um analista crítico da própria realidade social e política. Por essa razão, foi alvo de censura pela ditadura militar e teve exposições por ele organizadas, e das quais participava, confiscadas, além de ter sido perseguido e preso algumas vezes. As fotografias e/ou vídeos das inúmeras performances que realizou, individualmente ou em parceria com o conterrâneo Daniel Santiago, foram transformados em trabalhos de arte postal. A eprodutibilidade é uma das características dessa tendência, processo relativamente barato que permitiu ao artista manter o fluxo da rede de comunicação, mediante o envio, pelo correio, desses trabalhos serializados a artistas de todo o mundo. Bruscky foi um dos mais atuantes e um dos principais mentores da arte postal no Brasil e em toda a América Latina. A reprodutibilidade e a interferência autorizadas nos trabalhos pelos receptores foram meios usados pelos participantes da rede para pôr em xeque a aura do objeto artístico, bem como a ideia de unidade, de originalidade e de autoria. Bruscky manteve efetivo contato e correspondência com muitos dos representantes dessa prática conceitualista, em especial aqueles de países que passavam por regimes ditatoriais truculentos, fazendo da arte postal um processo de comunicação para a troca de ideias, mensagens e denúncia política. Embora, em sua origem, a arte postal se instituísse como meio clandestino para troca de todo tipo de imagens, textos e poemas visuais, ela se manteve como tal por muito pouco tempo. Na década de 1970, quando o país ainda vivia sob o regime militar, a arte por correspondência se institucionalizou, entrando na mira da censura. A partir de então, a arte postal começou a perder muito de seu espírito crítico, embora os trabalhos de Bruscky se mantivessem bem-humorados ou com um sentido crítico menos explícito sobre o panorama artístico brasileiro, sobre o contexto político ditatorial ou sobre acontecimentos cotidianos repressores. Palavras-chave: arte postal, performance, Paulo Bruscky.