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Previous issue date: 2016-03-24 === Este estudo pesquisa as possibilidades de ensinar e aprender Filosofia em uma Escola do Campo em Pedagogia da Alternância e tem como objetivo compreender os possíveis desafios e perspectivas do ensino de filosofia nessa modalidade. Investiga o papel do ensino de filosofia na formação dos estudantes de Ensino Médio, bem como contextualiza e caracteriza as práticas de seu ensino no cotidiano escolar; indaga a concepção de filosofia dos sujeitos da escola, objetivando caracterizar suas percepções e concepções acerca do seu ensino na escola de alternância do campo. São sujeitos da pesquisa, que abordamos e convivemos no decorrer da sua realização, professores, estudantes e famílias, escolhidos devido à proximidade e vivência nessa modalidade de ensino. O estudo busca referência teórico-metodológica no cotidiano escolar vivido, compreendendo que na pesquisa a construção do conhecimento tem origem na prática escolar concreta, vivida em sua intensidade pelos sujeitos. Como instrumentos de produção de dados, na perspectiva da cartografia, eles foram produzidos e tratados de forma aberta e participativa. Por isso, utilizamos da participação direta e ativa no dia a dia da escola, interagindo com os sujeitos através de entrevistas semiestruturadas com alunos, professores, ex-alunos e famílias, grupos de conversa de forma aberta e direcionada sobre o ensino de filosofia, visando diagnosticar a percepção e entendimento sobre o ensino de filosofia na modalidade da Pedagogia da Alternância, junto a alunos, professores e comunidade escolar. Como resultados, notamos que existe uma filosofia‟ da instituição, construída no decorrer da história da Pedagogia da Alternância, que é difundida e mantida entre a comunidade escolar; com relação ao ensino de filosofia registramos a falta de professores formados em filosofia e com relação à percepção e constatação dos estudantes e professores sobre o mesmo há uma preocupação com a utilidade prática da filosofia na escola que, muitas vezes, é conduzida para a manutenção dos princípios históricos dessa modalidade de ensino, sendo ensinados seus conteúdos de forma histórica. Porém, constatamos que no cotidiano, para além do momento das aulas de filosofia, existe uma potência de criação na aprendizagem filosófica livre como possibilidade de conhecimento dialogado com a tradição filosófica de forma viva e ativa para a produção de novos conhecimentos. Por isso, seu ensino deve ser parte integrante do projeto educativo diferenciado como as Escolas de Alternância, onde o diálogo é princípio que considera a vida concreta, os problemas e as soluções, os saberes da vida. Nessa perspectiva, o ensino de filosofia é dinâmico e sem a rigidez metódica da sala de aula, que constatamos que tem influenciado na formação dos jovens do campo.
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