ESTRUTURA, DIVERSIDADE E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE COMUNIDADES VEGETAIS SOBRE INSELBERGS DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL

Made available in DSpace on 2018-08-01T23:27:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_10625_69 - Herval Vieira Pinto Júnior.pdf: 963487 bytes, checksum: d1bb2b2179759f279763ff981e8bc4f9 (MD5) Previous issue date: 2017-02-21 === Inselbergs são afloramentos rochosos isolados que surgem abruptamente acim...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: PINTO JUNIOR, H. V.
Other Authors: SAITER, F. Z.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2018
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/8285
Description
Summary:Made available in DSpace on 2018-08-01T23:27:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_10625_69 - Herval Vieira Pinto Júnior.pdf: 963487 bytes, checksum: d1bb2b2179759f279763ff981e8bc4f9 (MD5) Previous issue date: 2017-02-21 === Inselbergs são afloramentos rochosos isolados que surgem abruptamente acima das planícies que os cercam e são caracterizados por condições edáficas e microclimáticas extremas. Estes ambientes abrigam uma vegetação com elevado grau de diversidade e endemismo, destacam-se mundialmente ao lado das vegetações rupícolas de Madagascar e do leste da Austrália. No Brasil, os inselbergs são encontrados desde as Caatingas interioranas do semi-árido até os planaltos frios subtropicais do Rio Grande do Sul. Quatro Inselbergs no Espírito Santo foram selecionados para amostragem de sua vegetação, Inselberg Águia Branca, Inselberg Pedra do Elefante, Inselberg Forno Grande e Inselberg Pedra de Pontões. Para a amostragem da vegetação foi utilizado o método de interseção de linha. A similaridade florística foi testada através de uma análise de agrupamento (Cluster Analysis), utilizando a Distância de Jaccard e Ligação UPGMA. Os dados da estrutura da vegetação e uma categorização das unidades amostrais em convexo, plano e côncavo foram utilizados para realizar uma Análise de Coordenadas Principais (PCoA). A significância dos grupos formados pela PCoA foi testada através das análises de permutação (PERMANOVA) e dispersão (PERMADISP). O método do Índice de Valor Indicador (IndVal) foi utilizado para verificar a ocorrência de espécies indicadoras de microhabitat. As quatro comunidades apresentam composição florística comparável à outros estudos sobre afloramentos rochosos, onde as famílias com maior riqueza foram Asteraceae, Bromeliaceae, Cyperaceae, Melastomataceae, Orchidaceae, Poaceae e Velloziaceae. As quatro comunidades apresentaram estrutura oligárquica e Índice de Shannon entre 0,89 e 2,65. O dendrograma de similaridade revelou elevada dissimilaridade entre as comunidades estudadas e CCC = 0,96. As comunidades em estudo possuem flora característica de Inselbergs, bem como, estrutura e fisionomia são comparáveis a outros Inselbergs. A existência de padrões similares de diversidade, como: flora, estrutura e fisionomia compartilhados em locais distintos de vegetação rupícola, sugere que os fatores vinculados a este tipo de vegetação são determinados por processos similares, mesmo que em área distintas. Os agrupamentos formados pelas análises de PCoA revelaram a separação entre unidades amostrais convexas e côncavas. Os valores apresentados pelo IndVal indicam a existência de espécies consideradas indicadoras de microhabitat. As análises de PERMANOVA e PERMIDISP indicam a presença de microhabitats distintos e com composição florística, fisionomia e estrutura específicas para cada comunidade. A estrutura dividida em grupos confirma a existência de uma organização em formato de mosaico, este mosaico é baseado na microtopografia côncava e convexa, onde a disponibilidade de recursos é variável. Tais microhabitats vão abrigar uma composição florística e estrutura específica de cada sítio, esta composição e estrutura levam a uma diversidade de comunidades dentro do Inselberg em resposta a sua quantidade de recurso disponível. A utilização da Análise de Coordenadas Principais, PERMANOVA, PERMADISP e IndVal mostrou ser eficiente para verificar a formação de grupos em comunidades vegetais rupícolas. A presença de espécies exóticas indica a necessidade de ações de manejo e conservação para evitar a perda do resto de biodiversidade existente, principalmente nas unidades de conservação que fazem parte deste estudo.