EXPOSIÇÃO CRÔNICA AO CHUMBO AUMENTA A REATIVIDADE VASCULAR ATRAVÉS DE MECANISMOS DEPENDENTES DO ESTRESSE OXIDATIVO E DA CICLOOXIGENASE-2: ATIVAÇÃO DA VIA DAS MAPKS

Made available in DSpace on 2018-08-01T22:59:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_8725_Tese Maylla Ronacher Simões.pdf: 3513458 bytes, checksum: 52f71ab7dcbbfa61ef607934ad6dec8c (MD5) Previous issue date: 2015-03-06 === Alguns estudos mostram a associação entre exposição ao chumbo e o risco de doe...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: SIMOES, M. R.
Other Authors: LEMOS, V. S.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2018
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/8071
id ndltd-IBICT-oai-dspace2.ufes.br-10-8071
record_format oai_dc
collection NDLTD
format Others
sources NDLTD
description Made available in DSpace on 2018-08-01T22:59:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_8725_Tese Maylla Ronacher Simões.pdf: 3513458 bytes, checksum: 52f71ab7dcbbfa61ef607934ad6dec8c (MD5) Previous issue date: 2015-03-06 === Alguns estudos mostram a associação entre exposição ao chumbo e o risco de doenças cardiovasculares. A exposição crônica a baixas concentrações produz hipertensão e, no entanto, os mecanismos subjacentes não estão totalmente esclarecidos. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar se a exposição crônica a baixa concentração de chumbo, durante 30 dias, afeta a função vascular de aorta e mesentéricas de resistência, e avaliar o papel do estresse oxidativo, das vias dependentes da ciclooxigenase-2 e das MAPKs, nas alterações vasculares induzidas pela exposição ao chumbo. Para isso, foram utilizadas aortas e mesentéricas de ratos Wistar tratados com chumbo (1a dose: 10 μg/100 g; doses subsequentes: 0,125 μg/100 g, por via intramuscular, 30 dias) e cultura de células musculares lisas vasculares (VSMCs) de aorta de ratos Sprague-Dawley estimulados com chumbo (20 μg/dL). Os níveis de chumbo no sangue dos ratos tratados atingiu uma concentração de 21,7 ± 2,38 μg/dL. Esta exposição aumentou a pressão arterial sistólica e a resposta contrátil à fenilefrina em anéis de aorta e mesentéricas, reduziu o relaxamento induzido pela acetilcolina em anéis de aorta e não afetou o relaxamento ao nitroprussiato de sódio. A remoção do endotélio e o L-NAME (100 μM), deslocaram mais a resposta à fenilefrina em aorta dos animais não tratados do que dos tratados com chumbo, no entanto, não foi observada diferença nos anéis de mesentéricas. A apocinina (30 μM) promoveu redução da resposta à fenilefrina que foi maior em aorta de ratos tratados com chumbo do que as não tratadas. Em anéis de mesentéricas a apocinina não alterou a reatividade vascular, porém a SOD (150 U ml-1) levou a uma pequena redução da resposta vasocontrictora à fenilefrina. A indometacina (10 μM) promoveu uma maior redução na resposta à fenilefrina em anéis de aorta e mesentérica tratada com chumbo em relação as não tratadas. O antagonista de receptores EP1, SC-19220 (10 μM) também reduziu a resposta à fenilefrina em mesentéricas de ratos expostos ao metal. O tratamento com chumbo promoveu aumento da expressão proteica vascular da gp91phox, SOD-Cu/Zn, SOD-Mn e COX-2. Em cultura de CMLVs o chumbo promoveu 1) aumento da produção de ânion superóxido, aumento da atividade da NADPH oxidase e da expressão gênica e/ou proteica de NOX1, NOX4, SOD-Mn, SOD-EC e COX-2 e 2) ativação das MAPKs ERK1/2 e p38. Tanto os antioxidantes (mito-TEMPO, 5 μmol/L; tempol, 10 μmol/L e ML171, 0,5 μmol/L) como os inibidores COX-2 (Celecoxib, 10 μM e Rofecoxib, 10 μmol/L) normalizaram a produção de ânion superóxido, a atividade da NADPH oxidase e os níveis de mRNA de NOX1, NOX4 e COX-2. O bloqueio das vias de sinalização de ERK1/2 e p38 aboliram a indução da expressão de NOX1, NOX4 e COX-2, causada pelo chumbo. Em conclusão, os resultados aqui apresentados demonstram que o tratamento com baixas doses de chumbo aumenta a pressão arterial sistólica, promove disfunção vascular e ativa vias de sinalização das MAPKs. Estes efeitos estão associados com a ativação de proteínas inflamatórias tais como a NADPH oxidase e COX-2 que atuam em conjunto para contribuir com a disfunção vascular. Palavras-chave: exposição ao chumbo; via das MAPKs,
author2 LEMOS, V. S.
author_facet LEMOS, V. S.
SIMOES, M. R.
author SIMOES, M. R.
spellingShingle SIMOES, M. R.
EXPOSIÇÃO CRÔNICA AO CHUMBO AUMENTA A REATIVIDADE VASCULAR ATRAVÉS DE MECANISMOS DEPENDENTES DO ESTRESSE OXIDATIVO E DA CICLOOXIGENASE-2: ATIVAÇÃO DA VIA DAS MAPKS
author_sort SIMOES, M. R.
title EXPOSIÇÃO CRÔNICA AO CHUMBO AUMENTA A REATIVIDADE VASCULAR ATRAVÉS DE MECANISMOS DEPENDENTES DO ESTRESSE OXIDATIVO E DA CICLOOXIGENASE-2: ATIVAÇÃO DA VIA DAS MAPKS
title_short EXPOSIÇÃO CRÔNICA AO CHUMBO AUMENTA A REATIVIDADE VASCULAR ATRAVÉS DE MECANISMOS DEPENDENTES DO ESTRESSE OXIDATIVO E DA CICLOOXIGENASE-2: ATIVAÇÃO DA VIA DAS MAPKS
title_full EXPOSIÇÃO CRÔNICA AO CHUMBO AUMENTA A REATIVIDADE VASCULAR ATRAVÉS DE MECANISMOS DEPENDENTES DO ESTRESSE OXIDATIVO E DA CICLOOXIGENASE-2: ATIVAÇÃO DA VIA DAS MAPKS
title_fullStr EXPOSIÇÃO CRÔNICA AO CHUMBO AUMENTA A REATIVIDADE VASCULAR ATRAVÉS DE MECANISMOS DEPENDENTES DO ESTRESSE OXIDATIVO E DA CICLOOXIGENASE-2: ATIVAÇÃO DA VIA DAS MAPKS
title_full_unstemmed EXPOSIÇÃO CRÔNICA AO CHUMBO AUMENTA A REATIVIDADE VASCULAR ATRAVÉS DE MECANISMOS DEPENDENTES DO ESTRESSE OXIDATIVO E DA CICLOOXIGENASE-2: ATIVAÇÃO DA VIA DAS MAPKS
title_sort exposição crônica ao chumbo aumenta a reatividade vascular através de mecanismos dependentes do estresse oxidativo e da ciclooxigenase-2: ativação da via das mapks
publisher Universidade Federal do Espírito Santo
publishDate 2018
url http://repositorio.ufes.br/handle/10/8071
work_keys_str_mv AT simoesmr exposicaocronicaaochumboaumentaareatividadevascularatravesdemecanismosdependentesdoestresseoxidativoedaciclooxigenase2ativacaodaviadasmapks
_version_ 1718856691412369408
spelling ndltd-IBICT-oai-dspace2.ufes.br-10-80712019-01-21T18:50:35Z EXPOSIÇÃO CRÔNICA AO CHUMBO AUMENTA A REATIVIDADE VASCULAR ATRAVÉS DE MECANISMOS DEPENDENTES DO ESTRESSE OXIDATIVO E DA CICLOOXIGENASE-2: ATIVAÇÃO DA VIA DAS MAPKS SIMOES, M. R. LEMOS, V. S. Alessandra Simao Padilha Pereira, FEL STEFANON, I. VASSALLO, D. V. Made available in DSpace on 2018-08-01T22:59:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_8725_Tese Maylla Ronacher Simões.pdf: 3513458 bytes, checksum: 52f71ab7dcbbfa61ef607934ad6dec8c (MD5) Previous issue date: 2015-03-06 Alguns estudos mostram a associação entre exposição ao chumbo e o risco de doenças cardiovasculares. A exposição crônica a baixas concentrações produz hipertensão e, no entanto, os mecanismos subjacentes não estão totalmente esclarecidos. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar se a exposição crônica a baixa concentração de chumbo, durante 30 dias, afeta a função vascular de aorta e mesentéricas de resistência, e avaliar o papel do estresse oxidativo, das vias dependentes da ciclooxigenase-2 e das MAPKs, nas alterações vasculares induzidas pela exposição ao chumbo. Para isso, foram utilizadas aortas e mesentéricas de ratos Wistar tratados com chumbo (1a dose: 10 μg/100 g; doses subsequentes: 0,125 μg/100 g, por via intramuscular, 30 dias) e cultura de células musculares lisas vasculares (VSMCs) de aorta de ratos Sprague-Dawley estimulados com chumbo (20 μg/dL). Os níveis de chumbo no sangue dos ratos tratados atingiu uma concentração de 21,7 ± 2,38 μg/dL. Esta exposição aumentou a pressão arterial sistólica e a resposta contrátil à fenilefrina em anéis de aorta e mesentéricas, reduziu o relaxamento induzido pela acetilcolina em anéis de aorta e não afetou o relaxamento ao nitroprussiato de sódio. A remoção do endotélio e o L-NAME (100 μM), deslocaram mais a resposta à fenilefrina em aorta dos animais não tratados do que dos tratados com chumbo, no entanto, não foi observada diferença nos anéis de mesentéricas. A apocinina (30 μM) promoveu redução da resposta à fenilefrina que foi maior em aorta de ratos tratados com chumbo do que as não tratadas. Em anéis de mesentéricas a apocinina não alterou a reatividade vascular, porém a SOD (150 U ml-1) levou a uma pequena redução da resposta vasocontrictora à fenilefrina. A indometacina (10 μM) promoveu uma maior redução na resposta à fenilefrina em anéis de aorta e mesentérica tratada com chumbo em relação as não tratadas. O antagonista de receptores EP1, SC-19220 (10 μM) também reduziu a resposta à fenilefrina em mesentéricas de ratos expostos ao metal. O tratamento com chumbo promoveu aumento da expressão proteica vascular da gp91phox, SOD-Cu/Zn, SOD-Mn e COX-2. Em cultura de CMLVs o chumbo promoveu 1) aumento da produção de ânion superóxido, aumento da atividade da NADPH oxidase e da expressão gênica e/ou proteica de NOX1, NOX4, SOD-Mn, SOD-EC e COX-2 e 2) ativação das MAPKs ERK1/2 e p38. Tanto os antioxidantes (mito-TEMPO, 5 μmol/L; tempol, 10 μmol/L e ML171, 0,5 μmol/L) como os inibidores COX-2 (Celecoxib, 10 μM e Rofecoxib, 10 μmol/L) normalizaram a produção de ânion superóxido, a atividade da NADPH oxidase e os níveis de mRNA de NOX1, NOX4 e COX-2. O bloqueio das vias de sinalização de ERK1/2 e p38 aboliram a indução da expressão de NOX1, NOX4 e COX-2, causada pelo chumbo. Em conclusão, os resultados aqui apresentados demonstram que o tratamento com baixas doses de chumbo aumenta a pressão arterial sistólica, promove disfunção vascular e ativa vias de sinalização das MAPKs. Estes efeitos estão associados com a ativação de proteínas inflamatórias tais como a NADPH oxidase e COX-2 que atuam em conjunto para contribuir com a disfunção vascular. Palavras-chave: exposição ao chumbo; via das MAPKs, 2018-08-01T22:59:22Z 2018-08-01 2018-08-01T22:59:22Z 2015-03-06 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis SIMOES, M. R., EXPOSIÇÃO CRÔNICA AO CHUMBO AUMENTA A REATIVIDADE VASCULAR ATRAVÉS DE MECANISMOS DEPENDENTES DO ESTRESSE OXIDATIVO E DA CICLOOXIGENASE-2: ATIVAÇÃO DA VIA DAS MAPKS http://repositorio.ufes.br/handle/10/8071 info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal do Espírito Santo Doutorado em Ciências Fisiológicas Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas UFES BR reponame:Repositório Institucional da UFES instname:Universidade Federal do Espírito Santo instacron:UFES