Avaliação do efeito do agonista do receptor de estrogênio acoplado a proteína g (g1) sobre o tônus e reatividade vascular coronariana em ratos normotensos de ambos os sexos
Made available in DSpace on 2018-08-01T22:58:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9116_Dissertação Angelina Rafaela Debortoli.pdf: 1588935 bytes, checksum: 6851e53df3cee987b06baabe1b3fec42 (MD5) Previous issue date: 2015-07-24 === As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte...
Main Author: | |
---|---|
Other Authors: | |
Format: | Others |
Published: |
Universidade Federal do Espírito Santo
2018
|
Online Access: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/8007 |
id |
ndltd-IBICT-oai-dspace2.ufes.br-10-8007 |
---|---|
record_format |
oai_dc |
collection |
NDLTD |
format |
Others
|
sources |
NDLTD |
description |
Made available in DSpace on 2018-08-01T22:58:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
tese_9116_Dissertação Angelina Rafaela Debortoli.pdf: 1588935 bytes, checksum: 6851e53df3cee987b06baabe1b3fec42 (MD5)
Previous issue date: 2015-07-24 === As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte nos países industrializados. Além disso, a incidência de doenças cardiovasculares aumenta de forma significante em mulheres na pós-menopausa, possivelmente por redução dos níveis de estrogênios. Os estrogênios exercem seus efeitos genômicos por meio da ativação de seus receptores nucleares α e β, além de efeitos não genômicos via ativação de um terceiro receptor de estrogênio descoberto recentemente, denominado receptor de estrogênio acoplado a proteína G (GPER), também conhecido como GPR30. As funções do GPER foram descritas principalmente no sistema cardiovascular. Estudos realizados em vasos isolados coronarianos demonstraram que a ativação do GPER promove vasodilatação de maneira dependente e independente do endotélio. No entanto, no leito coronariano, o papel deste receptor ainda não foi descrito. O objetivo do nosso estudo foi analisar a ação do G1, agonista específico do GPER, no leito vascular coronariano de ratos normotensos de ambos os sexos. Ratos Wistar com 10 semanas de idade foram divididos em 2 grupos: machos e fêmeas. Os animais foram anestesiados, o tórax foi aberto, o coração foi retirado e perfundido rapidamente com solução nutridora a 37º C com fluxo constante de 10 mL/min, segundo a técnica de Langendorff. Após um período de 40 minutos de estabilização a pressão de perfusão coronariana foi determinada. Curva dose resposta de G1 (600 a 10.000 nM) foi realizada antes e após a realização dos seguintes protocolos: Inibição da enzima óxido nítrico sintase (NOS) com L NAME, inibição da enzima ciclooxigenase (COX), inibição da enzima citocromo P450 (CYP), inibição associada da NOS e COX, inibição associada da NOS e CYP, inibição tripla da NOS, COX e CYP, bloqueio dos canais para potássio com tetraetilamônio (TEA) e bloqueio com antagonista específico do GPER (G36). Além desses protocolos, a pressão arterial sistólica (PAS) desses animais foi mensurada por pletismografia de cauda. Fizemos também a dissecção das coronárias descendente anterior e septal para realização de Western Blotting para avaliar a expressão do GPER, enzimas antioxidantes (SOD e catalase) e subunidade da NADPH oxidase. O estresse oxidativo em artérias coronárias foi avaliado por fluorescência ao DHE.
Nossos resultados mostram a existência de uma diferença na PAS e PPC entre machos e fêmeas. A PAS mostrou-se elevada em machos, sendo que a PPC foi maior nas fêmeas. O G1 promoveu vasodilatação no leito coronariano de ratos de ambos os sexos sendo essa resposta mais pronunciada em fêmeas. A expressão do GPER, SOD e catalase foi similar entre os grupos. A expressão da gp91phox e o estresse oxidativo foram maiores em machos. A dilatação ao G1 em fêmeas foi reduzida após inibição individual da NOS, COX e CYP, após inibição combinada da NOS + CYP e após inibição tripla da NOS + COX + CYP. Ao utilizar G36 na preparação experimental, a vasodilatação neste grupo foi revertida em vasoconstrição. Após o uso do TEA a dilatação em fêmeas e machos foram maiores. O relaxamento foi reduzido nos machos após inibição individual da COX e CYP e após inibição combinada da NOS + COX. O uso do G36 aboliu o relaxamento neste grupo. Com base nos resultados obtidos, concluímos que o G1 dilata o leito vascular coronariano de ratos wistar de ambos os sexos e essa resposta é menos pronunciada em machos, provavelmente porque neste grupo a produção de espécies reativas de oxigênio é maior. Além disso, o NO não participa da resposta de relaxamento induzida pelo G1 em machos. Os três autacóides endoteliais (NO, PGI2 e EDHF) parecem mediar o relaxamento induzido pelo agonista do GPER em fêmeas. Esses achados podem contribuir para o melhor entendimento das ações do G1 sobre o sistema cardiovascular, de forma a tornar esse fármaco uma potencial terapia a ser utilizada na pós-menopausa baseada nos |
author2 |
Margareth Ribeiro Moyses |
author_facet |
Margareth Ribeiro Moyses DEBORTOLI, A. R. |
author |
DEBORTOLI, A. R. |
spellingShingle |
DEBORTOLI, A. R. Avaliação do efeito do agonista do receptor de estrogênio acoplado a proteína g (g1) sobre o tônus e reatividade vascular coronariana em ratos normotensos de ambos os sexos |
author_sort |
DEBORTOLI, A. R. |
title |
Avaliação do efeito do agonista do receptor de estrogênio acoplado a proteína g (g1) sobre o tônus e reatividade vascular coronariana em ratos normotensos de ambos os sexos |
title_short |
Avaliação do efeito do agonista do receptor de estrogênio acoplado a proteína g (g1) sobre o tônus e reatividade vascular coronariana em ratos normotensos de ambos os sexos |
title_full |
Avaliação do efeito do agonista do receptor de estrogênio acoplado a proteína g (g1) sobre o tônus e reatividade vascular coronariana em ratos normotensos de ambos os sexos |
title_fullStr |
Avaliação do efeito do agonista do receptor de estrogênio acoplado a proteína g (g1) sobre o tônus e reatividade vascular coronariana em ratos normotensos de ambos os sexos |
title_full_unstemmed |
Avaliação do efeito do agonista do receptor de estrogênio acoplado a proteína g (g1) sobre o tônus e reatividade vascular coronariana em ratos normotensos de ambos os sexos |
title_sort |
avaliação do efeito do agonista do receptor de estrogênio acoplado a proteína g (g1) sobre o tônus e reatividade vascular coronariana em ratos normotensos de ambos os sexos |
publisher |
Universidade Federal do Espírito Santo |
publishDate |
2018 |
url |
http://repositorio.ufes.br/handle/10/8007 |
work_keys_str_mv |
AT debortoliar avaliacaodoefeitodoagonistadoreceptordeestrogenioacopladoaproteinagg1sobreotonusereatividadevascularcoronarianaemratosnormotensosdeambosossexos |
_version_ |
1718856664012029952 |
spelling |
ndltd-IBICT-oai-dspace2.ufes.br-10-80072019-01-21T18:50:25Z Avaliação do efeito do agonista do receptor de estrogênio acoplado a proteína g (g1) sobre o tônus e reatividade vascular coronariana em ratos normotensos de ambos os sexos DEBORTOLI, A. R. Margareth Ribeiro Moyses BISSOLI, N. S. BENDHACK, L. M. SANTOS, R. L. Made available in DSpace on 2018-08-01T22:58:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9116_Dissertação Angelina Rafaela Debortoli.pdf: 1588935 bytes, checksum: 6851e53df3cee987b06baabe1b3fec42 (MD5) Previous issue date: 2015-07-24 As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte nos países industrializados. Além disso, a incidência de doenças cardiovasculares aumenta de forma significante em mulheres na pós-menopausa, possivelmente por redução dos níveis de estrogênios. Os estrogênios exercem seus efeitos genômicos por meio da ativação de seus receptores nucleares α e β, além de efeitos não genômicos via ativação de um terceiro receptor de estrogênio descoberto recentemente, denominado receptor de estrogênio acoplado a proteína G (GPER), também conhecido como GPR30. As funções do GPER foram descritas principalmente no sistema cardiovascular. Estudos realizados em vasos isolados coronarianos demonstraram que a ativação do GPER promove vasodilatação de maneira dependente e independente do endotélio. No entanto, no leito coronariano, o papel deste receptor ainda não foi descrito. O objetivo do nosso estudo foi analisar a ação do G1, agonista específico do GPER, no leito vascular coronariano de ratos normotensos de ambos os sexos. Ratos Wistar com 10 semanas de idade foram divididos em 2 grupos: machos e fêmeas. Os animais foram anestesiados, o tórax foi aberto, o coração foi retirado e perfundido rapidamente com solução nutridora a 37º C com fluxo constante de 10 mL/min, segundo a técnica de Langendorff. Após um período de 40 minutos de estabilização a pressão de perfusão coronariana foi determinada. Curva dose resposta de G1 (600 a 10.000 nM) foi realizada antes e após a realização dos seguintes protocolos: Inibição da enzima óxido nítrico sintase (NOS) com L NAME, inibição da enzima ciclooxigenase (COX), inibição da enzima citocromo P450 (CYP), inibição associada da NOS e COX, inibição associada da NOS e CYP, inibição tripla da NOS, COX e CYP, bloqueio dos canais para potássio com tetraetilamônio (TEA) e bloqueio com antagonista específico do GPER (G36). Além desses protocolos, a pressão arterial sistólica (PAS) desses animais foi mensurada por pletismografia de cauda. Fizemos também a dissecção das coronárias descendente anterior e septal para realização de Western Blotting para avaliar a expressão do GPER, enzimas antioxidantes (SOD e catalase) e subunidade da NADPH oxidase. O estresse oxidativo em artérias coronárias foi avaliado por fluorescência ao DHE. Nossos resultados mostram a existência de uma diferença na PAS e PPC entre machos e fêmeas. A PAS mostrou-se elevada em machos, sendo que a PPC foi maior nas fêmeas. O G1 promoveu vasodilatação no leito coronariano de ratos de ambos os sexos sendo essa resposta mais pronunciada em fêmeas. A expressão do GPER, SOD e catalase foi similar entre os grupos. A expressão da gp91phox e o estresse oxidativo foram maiores em machos. A dilatação ao G1 em fêmeas foi reduzida após inibição individual da NOS, COX e CYP, após inibição combinada da NOS + CYP e após inibição tripla da NOS + COX + CYP. Ao utilizar G36 na preparação experimental, a vasodilatação neste grupo foi revertida em vasoconstrição. Após o uso do TEA a dilatação em fêmeas e machos foram maiores. O relaxamento foi reduzido nos machos após inibição individual da COX e CYP e após inibição combinada da NOS + COX. O uso do G36 aboliu o relaxamento neste grupo. Com base nos resultados obtidos, concluímos que o G1 dilata o leito vascular coronariano de ratos wistar de ambos os sexos e essa resposta é menos pronunciada em machos, provavelmente porque neste grupo a produção de espécies reativas de oxigênio é maior. Além disso, o NO não participa da resposta de relaxamento induzida pelo G1 em machos. Os três autacóides endoteliais (NO, PGI2 e EDHF) parecem mediar o relaxamento induzido pelo agonista do GPER em fêmeas. Esses achados podem contribuir para o melhor entendimento das ações do G1 sobre o sistema cardiovascular, de forma a tornar esse fármaco uma potencial terapia a ser utilizada na pós-menopausa baseada nos 2018-08-01T22:58:49Z 2018-08-01 2018-08-01T22:58:49Z 2015-07-24 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis DEBORTOLI, A. R., Avaliação do efeito do agonista do receptor de estrogênio acoplado a proteína g (g1) sobre o tônus e reatividade vascular coronariana em ratos normotensos de ambos os sexos http://repositorio.ufes.br/handle/10/8007 info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal do Espírito Santo Mestrado em Ciências Fisiológicas Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas UFES BR reponame:Repositório Institucional da UFES instname:Universidade Federal do Espírito Santo instacron:UFES |