Efeito agudo de baixa concentração de chumbo sobre a pressão arterial e reatividade pressórica: participação do sistema renina angiotensina, estresse oxidativo e da bomba de sódio
Made available in DSpace on 2018-08-01T22:58:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_4656_Dissertação Maylla Ronacher Simões.pdf: 1498958 bytes, checksum: e188344369cbf77070ab1bb7f0a0f50b (MD5) Previous issue date: 2011-02-24 === O chumbo é um contaminante ambiental amplamente utilizado pelo homem. A...
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Previous issue date: 2011-02-24 === O chumbo é um contaminante ambiental amplamente utilizado pelo homem. A exposição ao chumbo está relacionada com hipertensão e doenças cardiovasculares, porém os mecanismos pelos quais este metal exerce efeito tóxico sobre este sistema não estão totalmente elucidados. Neste estudo foi desenvolvido um modelo experimental de exposição aguda a baixa concentração de chumbo buscando avaliar os efeitos deste metal sobre a pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC) e reatividade pressórica, bem como os possíveis mecanismos hipertensores precocemente ativados na hipertensão induzida pelo chumbo. Ratos Wistar (280 e 350 g) foram anestesiados com uretana (1,2 g/Kg) e submetidos à cirurgia de cateterização da carótida e jugular para a medida da pressão arterial e administração de fármacos, respectivamente. A PA, FC e a reatividade pressórica à fenilefrina (0,03 a 100 μg/Kg, in bolus) foram avaliadas antes e após a administração de Chumbo (i.v. doses in bolus de 320 μg/Kg). A influência do hexametônio (Hexa, 20 mg/Kg); do losartan (Los, 10 mg/Kg); do enalapril (5 mg/Kg); da canrenona (Can, 1mg/kg); e do tempol (12 mg/Kg), foi avaliada nas ações desse metal sobre a PAS, PAD, FC e reatividade pressórica. A atividade da enzima conversora de angiotensina (ECA) plasmática, da Na+-K+-ATPase (NKA) cardíaca, a peroxidação lipídica (através da liberação do malondialdeído-MDA no plasma) e a expressão de receptores AT1 e AT2 e da subunidade α1 da NKA em amostras de animais expostos e não-expostos ao chumbo foram mensurados. A exposição por 2 horas ao chumbo levou a uma concentração sanguínea de chumbo de 37 ± 1.7 μg/dL, a qual está abaixo da concentração sanguínea considerada segura para trabalhadores expostos. Esta concentração de chumbo promoveu o aumento da pressão arterial sistólica (PAS) (Ct: 109 ± 3 mmHg vs Pb: 120 ± 4 mmHg), porém não causou alterações na PAD e FC. Houve também redução da sensibilidade (PAS - Ct: -2,93 ± 0,08 vs Pb: -1,58 ± 0,51/ PAD - Ct: -3,53 ± 0,18 vs Pb: -2,86 ± 0,20) após exposição ao metal. O pré-tratamento com losartan, bloqueador de receptores AT1 ou com enalapril, inibidor da ECA, bloquearam o aumento da pressão arterial sistólica promovido pelo chumbo neste modelo, assim como a canrenona, bloqueador da NKA e o tempol, mimético da SOD. No entanto, o hexametônio, bloqueador ganglionar, não preveniu este efeito. Diferentemente, a redução da sensibilidade
promovida pelo chumbo não foi restaurada por estes fármacos. A análise bioquímica revelou que a exposição aguda ao chumbo foi capaz de aumentar a atividade da ECA (27 % em relação ao Ct) e da NKA (125 % em relação ao Ct) e aumentar a peroxidação lipídica (23 % em relação ao Ct). Porém a expressão protéica dos receptores AT1, AT2, e da subunidade α1 da NKA não foi diferente entre os grupos. Diante disso, a exposição aguda à baixa concentração de chumbo aumenta a pressão arterial sistólica por aumentar a atividade do sistema renina-angiotensina, a atividade da NKA e promover o estresse oxidativo. Esses achados oferecem evidências adicionais de que o chumbo, em baixas concentrações e em exposição aguda, pode desencadear mecanismos iniciais de desenvolvimento da hipertensão caracterizando-se como um fator de risco ambiental para a doença cardiovascular. |
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