EFEITOS DO KEFIR SOBRE O TÔNUS AUTONÔMICO CARDÍACO E CONTROLE BARORREFLEXO DA PRESSÃO ARTERIAL EM RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS
Made available in DSpace on 2018-08-01T22:58:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_10267_Dissertação Brunella Faro Klippel.pdf: 1347488 bytes, checksum: 32c3c57a020619a5a1730177e6278069 (MD5) Previous issue date: 2016-08-25 === Estudos têm demonstrado que o probiótico Kefir apresenta efeitos benéf...
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Previous issue date: 2016-08-25 === Estudos têm demonstrado que o probiótico Kefir apresenta efeitos benéficos no tratamento da hipertensão arterial. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a ação do tratamento crônico com Kefir sobre o tônus autonômico cardíaco e o barorreflexo arterial de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Metodologia: Ratos Wistar e SHR machos com 4 meses de idade foram divididos em 3 grupos Wistar, SHR e SHR-Kefir tratados por 60 dias com Kefir (0,3ml/100g), por gavagem. Os animais foram anestesiados e cateteres implantados na artéria e veia femoral para injeção de drogas e registro de pressão arterial pulsátil (PAP), pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC), respectivamente. A contribuição relativa dos tônus autonômicos cardíacos, parassimpático e simpático foi estimada em animais acordados através de injeções in bolus de N-metil-atropina (2mg/kg) e de atenolol (2mg/kg), respectivamente. A frequência cardíaca intrínseca (FCI) foi estimada após o duplo bloqueio com os fármacos acima. A sensibilidade do barorreflexo foi testada nos animais acordados por meio de aumentos ou diminuições da pressão arterial (25 mmHg), através de injeção in bolus de fenilefrina (5 μg/kg) e nitroprussiato de sódio (40 μg/kg), sob bloqueio da atropina e atenolol 24 e 48 h depois, respectivamente. As análises da variabilidade da pressão arterial (VPA) e variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foram feitas por meio de análise espectral, método autorregressivo, no domínio do tempo (variância da pressão sistólica e dos intervalos R-R) e da frequência (muito baixa, baixa e alta frequência, VLF, LF, HF, respectivamente). Ao fim dos experimentos, o coração e rins foram retirados e pesados para análise de hipertrofia. Resultados: Como esperado o grupo SHR apresentou PAS, PAD, PAM e FC (204±8, 144±4,167±4 mmHg e 355±9 bpm, p<0,05, respectivamente) elevadas, quando comparados com ratos Wistar (140±8, 88±2, 104±2 mmHg e 328±12 bpm, respectivamente). O tratamento com Kefir atenuou significativamente esses parâmetros (169±8, 116±6, 134±6 mmHg e 324±12 bpm, respectivamente). O grupo SHR mostrou hipertrofia ventricular esquerda (22±1,4 mg/mm, p<0,05) quando comparado com ratos Wistar (17,1±1,4 mg/mm, p<0,05). E o tratamento com Kefir foi capaz de reduzir essa hipertrofia quando normalizado pelo comprimento da tíbia (19±1,2 mg/mm, p<0,05) nos ratos SHR tratados. O tônus vagal no grupo Wistar foi de +120 bpm e +40 bpm no grupo SHR. O Kefir recuperou parcialmente o tônus vagal (+90 bpm) dos ratos SHR tratados. O tônus simpático no grupo wistar foi de -30 bpm
e -90 bpm no grupo SHR. Nos ratos SHR tratados com Kefir o tônus simpático foi reduzido para -25 bpm. A sensibilidade do barorreflexo estava significativamente diminuída no grupo SHR (reflexo de bradicardia ~50%) bem como a contribuição relativa dos componentes vagal e simpático cardíaco quando comparados com o grupo Wistar. Nos ratos SHR tratados com Kefir, tanto o reflexo de bradicardia (~40%) quanto o ganho (~35%) melhoraram significativamente. O bloqueio com atropina basicamente aboliu o reflexo de bradicardia e o ganho do barorreflexo de maneira semelhante nos 3 grupos. O grupo SHR mostrou diminuição no reflexo de taquicardia (38%, p<0,05) e redução no ganho (32%, p<0,05), quando comparado com o grupo Wistar. Nos ratos tratados com Kefir essas respostas melhoraram (~8% e ~12%, p<0,05, respectivamente). O bloqueio com atenolol reduziu a taquicardia reflexa em SHR quando comparado com Wistar e normalizou nos SHR tratados com Kefir (7±2,8, 14±2,4 e 12±2,4 bpm, respectivamente), efeito semelhante foi observado no ganho (0,26±0,10, 0,53±0,11 e 0,46±0,12 bpm/mmHg, respectivamente). A VFC e a FC-LF estavam maiores nos animais SHR (730±150 ms2 e 82±10 ms2) quando comparadas com ratos Wistar (247±46 ms2 e 39±9 ms2) e SHR tratados com Kefir (478±80 ms2 e 56±10 ms2). Não houve diferenças na comparação dos resultados de FC-HF entre os três grupos estudados. Tanto a VPA quanto a PA-LF aumentaram significativamente nos ratos SHR (73±9 mmHg2 e 13±2 mmHg2) quando comparados com ratos Wistar (22±3 mmHg2 e 3,7±0,4 mmHg2). O tratamento com Kefir reduziu esses valores (65±8 mmHg2 e 8±2 mmHg2). Por fim, a análise do barorreflexo espontâneo mostrou diminuição significativa na sensibilidade do grupo SHR (1,36±0,09 ms2/mmHg) quando comparado com o grupo Wistar (1,75±011 ms2/mmHg). O tratamento com Kefir não melhorou esta sensibilidade (1,48±0,09 ms2/mmHg). Conclusão: Após 60 dias de tratamento com Kefir, os animais SHR apresentaram diminuição da PAS, PAD e PAM, além de redução da hipertrofia cardíaca. Além disso, o tratamento com Kefir também reverteu parcialmente a perda do tônus vagal, o aumento do tônus simpático e a disfunção barorreflexa dos animais hipertensos. |
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Os animais foram anestesiados e cateteres implantados na artéria e veia femoral para injeção de drogas e registro de pressão arterial pulsátil (PAP), pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC), respectivamente. A contribuição relativa dos tônus autonômicos cardíacos, parassimpático e simpático foi estimada em animais acordados através de injeções in bolus de N-metil-atropina (2mg/kg) e de atenolol (2mg/kg), respectivamente. A frequência cardíaca intrínseca (FCI) foi estimada após o duplo bloqueio com os fármacos acima. A sensibilidade do barorreflexo foi testada nos animais acordados por meio de aumentos ou diminuições da pressão arterial (25 mmHg), através de injeção in bolus de fenilefrina (5 μg/kg) e nitroprussiato de sódio (40 μg/kg), sob bloqueio da atropina e atenolol 24 e 48 h depois, respectivamente. As análises da variabilidade da pressão arterial (VPA) e variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foram feitas por meio de análise espectral, método autorregressivo, no domínio do tempo (variância da pressão sistólica e dos intervalos R-R) e da frequência (muito baixa, baixa e alta frequência, VLF, LF, HF, respectivamente). Ao fim dos experimentos, o coração e rins foram retirados e pesados para análise de hipertrofia. Resultados: Como esperado o grupo SHR apresentou PAS, PAD, PAM e FC (204±8, 144±4,167±4 mmHg e 355±9 bpm, p<0,05, respectivamente) elevadas, quando comparados com ratos Wistar (140±8, 88±2, 104±2 mmHg e 328±12 bpm, respectivamente). O tratamento com Kefir atenuou significativamente esses parâmetros (169±8, 116±6, 134±6 mmHg e 324±12 bpm, respectivamente). O grupo SHR mostrou hipertrofia ventricular esquerda (22±1,4 mg/mm, p<0,05) quando comparado com ratos Wistar (17,1±1,4 mg/mm, p<0,05). E o tratamento com Kefir foi capaz de reduzir essa hipertrofia quando normalizado pelo comprimento da tíbia (19±1,2 mg/mm, p<0,05) nos ratos SHR tratados. O tônus vagal no grupo Wistar foi de +120 bpm e +40 bpm no grupo SHR. O Kefir recuperou parcialmente o tônus vagal (+90 bpm) dos ratos SHR tratados. O tônus simpático no grupo wistar foi de -30 bpm e -90 bpm no grupo SHR. Nos ratos SHR tratados com Kefir o tônus simpático foi reduzido para -25 bpm. A sensibilidade do barorreflexo estava significativamente diminuída no grupo SHR (reflexo de bradicardia ~50%) bem como a contribuição relativa dos componentes vagal e simpático cardíaco quando comparados com o grupo Wistar. Nos ratos SHR tratados com Kefir, tanto o reflexo de bradicardia (~40%) quanto o ganho (~35%) melhoraram significativamente. O bloqueio com atropina basicamente aboliu o reflexo de bradicardia e o ganho do barorreflexo de maneira semelhante nos 3 grupos. O grupo SHR mostrou diminuição no reflexo de taquicardia (38%, p<0,05) e redução no ganho (32%, p<0,05), quando comparado com o grupo Wistar. Nos ratos tratados com Kefir essas respostas melhoraram (~8% e ~12%, p<0,05, respectivamente). O bloqueio com atenolol reduziu a taquicardia reflexa em SHR quando comparado com Wistar e normalizou nos SHR tratados com Kefir (7±2,8, 14±2,4 e 12±2,4 bpm, respectivamente), efeito semelhante foi observado no ganho (0,26±0,10, 0,53±0,11 e 0,46±0,12 bpm/mmHg, respectivamente). A VFC e a FC-LF estavam maiores nos animais SHR (730±150 ms2 e 82±10 ms2) quando comparadas com ratos Wistar (247±46 ms2 e 39±9 ms2) e SHR tratados com Kefir (478±80 ms2 e 56±10 ms2). Não houve diferenças na comparação dos resultados de FC-HF entre os três grupos estudados. Tanto a VPA quanto a PA-LF aumentaram significativamente nos ratos SHR (73±9 mmHg2 e 13±2 mmHg2) quando comparados com ratos Wistar (22±3 mmHg2 e 3,7±0,4 mmHg2). O tratamento com Kefir reduziu esses valores (65±8 mmHg2 e 8±2 mmHg2). Por fim, a análise do barorreflexo espontâneo mostrou diminuição significativa na sensibilidade do grupo SHR (1,36±0,09 ms2/mmHg) quando comparado com o grupo Wistar (1,75±011 ms2/mmHg). O tratamento com Kefir não melhorou esta sensibilidade (1,48±0,09 ms2/mmHg). Conclusão: Após 60 dias de tratamento com Kefir, os animais SHR apresentaram diminuição da PAS, PAD e PAM, além de redução da hipertrofia cardíaca. Além disso, o tratamento com Kefir também reverteu parcialmente a perda do tônus vagal, o aumento do tônus simpático e a disfunção barorreflexa dos animais hipertensos. 2018-08-01T22:58:24Z 2018-08-01 2018-08-01T22:58:24Z 2016-08-25 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis KLIPPEL, B. 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