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Previous issue date: 2017-03-14 === Introdução. O acidente vascular encefálico (AVE) é uma síndrome neurológica decorrente do suprimento sanguíneo insuficiente ao sistema nervoso central (SNC). Atualmente é uma das principais causas morte e invalidez em todo o mundo, sendo que a maioria dos casos são de origem isquêmica. O tratamento do AVE isquêmico agudo é a utilização da classe dos agentes trombolíticos ativadores da fibrinólise, que apresentam curta janela terapêutica e inúmeras contra-indicações. Estudos recentes apontam citocinas como o Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos (G-CSF) e Eritropoetina (EPO) como potenciais neuroprotetores em animais submetidos à isquemia cerebral. Porém, os efeitos da associação destes são pouco conhecidos e foram o objeto deste estudo. Métodos. Foram utilizados camundongos suíços machos, adultos jovens, divididos nos grupos: controle, grupo tratado com 5000 UI/kg/dia de EPO, grupo tratado com G-CSF 100μg/kg/dia e grupo tratado com ambos nas mesmas doses. Todos os animais foram submetidos a oclusão das artérias carótidas comuns direita (temporária) e esquerda (permanente) seguida de administração de solução glicosada (controles) e das drogas, 3 horas após a oclusão e nos quatro dias seguintes, sendo sacrificados em seguida, quando foi obtido o peso úmido do baço, coletada amostra de sangue e extraído o cérebro
para as análises. Resultados e Discussão. A relação peso úmido do baço/peso corporal foi maior em todos os grupos tratados em relação ao controle. A análise dos parâmetros motores por meio de wire hang, grip force e pole test, demonstraram que a cirurgia promoveu danos motores no grupo controle e esses danos foram prevenidos nos grupos tratados. A contagem de leucócitos circulantes foi superior nos grupos G-CSF e EPO/G-CSF em relação ao controle, não havendo alteração no grupo EPO. Já contagem de eritrócitos circulantes foi superior apenas no grupo EPO, não havendo alteração no grupo G-CSF e EPO/G-CSF. A área macroscópica de infarto cerebral foi significativamente menor em todos os grupos tratados, não havendo diferenças estatísticas entre eles. O tratamento com EPO não foi capaz de promover aumento na contagem de neurônios, o que foi verificado apenas quando EPO foi associada a G-CSF ou com o uso de G-CSF de forma individual. Conclusão. Os achados reforçam os dados da literatura em relação aos efeitos neuroprotetores de EPO e G-CSF utilizados individualmente. A associação entre os dois fatores de crescimento não melhorou significativamente os resultados em relação aos obtidos quando se utilizou os fármacos de forma isolada.
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