DINÂMICA DA SERAPILHEIRA EM FRAGMENTO DE FLORESTA ATLÂNTICA, ES

Made available in DSpace on 2018-08-01T22:56:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_11163_Tese DIEGO JUNIOR 2017.pdf: 2800205 bytes, checksum: ee17d0b799f364c385f29a1577df62b9 (MD5) Previous issue date: 2017-07-26 === A dinâmica de serapilheira é um dos processos fundamentais para o crescimento e ma...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: GOMES JUNIOR, D.
Other Authors: GONCALVES, E. O.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2018
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/7707
Description
Summary:Made available in DSpace on 2018-08-01T22:56:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_11163_Tese DIEGO JUNIOR 2017.pdf: 2800205 bytes, checksum: ee17d0b799f364c385f29a1577df62b9 (MD5) Previous issue date: 2017-07-26 === A dinâmica de serapilheira é um dos processos fundamentais para o crescimento e manutenção de fragmentos florestais nativos, sendo considerada a principal via da ciclagem de nutrientes em florestas. Dessa forma, trabalhos que relacionam a produção, acúmulo e decomposição da serapilheira fornecem subsídios que proporcionam um melhor entendimento da dinâmica dos nutrientes. O objetivo do presente trabalho foi conhecer a dinâmica da serapilheira e dos nutrientes, por meio da deposição, acúmulo e decomposição desta, em um fragmento de Floresta Atlântica no sul do estado do Espírito Santo. Para tanto realizou-se o estudo do solo por meio da abertura de três perfis representativos de solo, previamente estabelecidos observando o relevo e características pedológicas. Os perfis foram abertos na baixada, em terço médio de encosta e em topo de morro, sendo descritos morfologicamente com posterior análise das propriedades físicas e químicas. A amostragem de serapilheira foi realizada em 12 parcelas permanentes, mensalmente nos períodos de abril/2014 a março/2015 (ano 1) e abril/2015 a março/2016 (ano 2), com coleta de serapilheira aportada em cinco coletores fixos e de acumulada em oito amostragens aleatórias sobre o piso da floresta. A serapilheira aportada foi separada nas frações folhas e galhos + miscelânea, quantificando biomassa e nutrientes, quantificações também realizadas para serapilheira acumulada. A taxa de decomposição da serapilheira acumulada foi obtida pela relação entre o aporte e o acúmulo de serapilheira. A taxa de decomposição foliar foi obtida por meio do método de litterbags, depositando 72 destes nas 12 parcelas (6/parcela), recolhendo um litterbag/parcela nos tempos 0, 30, 60, 90, 150, 210 e 270 dias. Os perfis avaliados têm solos com textura variando de arenosa a muito argilosa, com valores de pH em água variando entre 3,33 e 6,07. Os valores de troca catiônica variaram entre 1,23 a 13,99 cmolc dm-3, com predomínio de Ca2+ nos solos de baixada e de encosta, e H+ no solo do topo de morro. Os solos de baixada e de encosta são eutróficos, enquanto o solo de topo de morro é de caráter distrófico. Os estoques de N-total e Corg foram maiores no solo de topo de morro (22,05 e 173,05 Mg ha-1), seguido pelo solo de encosta (18,24 e 112,27 Mg ha-1) e o de baixada (16,87 e 85,61 Mg ha-1). Por meio das características observadas, os perfis de solo foram classificados como Planossolo na baixada, Cambissolo na encosta e Latossolo no topo de morro. A serapilheira aportada teve padrão sazonal nos dois anos estudados, aportando 7826,6 e 5741,4 kg ha-1 ano-1, nos anos 1 e 2, respectivamente. Já a serapilheira acumulada não teve sazonalidade, acumulando 5458,6 e 5079,4 kg ha-1 ano-1 para o ano 1 e 2, respectivamente. A ordem do conteúdo de nutrientes da serapilheira aportada foi Ca > N > K > Mg > S > P, para os dois anos de estudo. A constante de decomposição da serapilheira acumulada foi de 1,43 e 1,13 para o ano 1 e 2, respectivamente. A taxa de decomposição da serapilheira foliar foi de 0,90, decompondo 58,28% da serapilheira ao final do período avaliado. A serapilheira foliar liberou 48 % do N, 66% do P, 90% do K, 37% de Ca, 66% de Mg, 51% de S e 80% do Corg do total contido. A precipitação foi o elemento climático que teve maior correlação com o aporte, acúmulo e decomposição da serapilheira, demonstrando que a dinâmica da serapilheira está condicionada a variação dos índices pluviométricos.