Infecção Por Rickettsia rickettsi em Cães, Equídeos e Carrapatos em Áreas de Ocorrência de Febre Maculosa Brasileira na Região Central do Estado do Espírito Santo

Made available in DSpace on 2018-08-01T21:35:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9341_Dissertação_ Gabriel Nunes de Sales Correa20160718-93004.pdf: 9807634 bytes, checksum: c74104c2085e94cb01e14cbe26a8742a (MD5) Previous issue date: 2015-11-26 === O estado do Espírito Santo possui histórico de ca...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: CORREA, G. N. S.
Other Authors: LEITE, G. R.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2018
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/7160
Description
Summary:Made available in DSpace on 2018-08-01T21:35:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9341_Dissertação_ Gabriel Nunes de Sales Correa20160718-93004.pdf: 9807634 bytes, checksum: c74104c2085e94cb01e14cbe26a8742a (MD5) Previous issue date: 2015-11-26 === O estado do Espírito Santo possui histórico de casos de febre maculosa brasileira (FMB) datados do final da década de oitenta, registrados pela primeira vez na região de Colatina. O município fica localizado na região Central do estado. Desde então, os casos de FMB passaram a ser notificados, observando-se a ocorrência de quase 60% do total na região Central do Espírito Santo. Esta pesquisa teve como objetivos estudar a epidemiologia da Febre Maculosa Brasileira em áreas consideradas endêmicas na região Centraldo estado do Espírito Santo, bem como identificar a espécie de carrapato com maior taxa de infecção por riquétsias por meio da reação em cadeia pela polimerase (PCR) e caracterizar sorologicamente os cães e equideos quanto à infecção por riquétsias por meio da Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI). Os municípios visitados foram todos aqueles que, entre os anos de 2007 e2014, tiveram casos confirmados de FMB: Baixo Guandu, Colatina, Mantenópolis, Pancas, São Gabriel da Palha, São Roque do Canaã e Vila Valério. Como área-controle, foi considerado o município de São Domingos do Norte onde, até o presente momento, não existe notificação de casos de FMB. As coletas foram realizadas nos locais prováveis de infecção (LPI), entre novembro de 2013 enovembro de 2014, em base mensal. Nototal, foram coletadas amostras sorológicas de 72 cães (1,38% de positividade na RIFI) e 107 equídeos (4,63% de positividade na RIFI), totalizando 179 hospedeiros amplificadores. As espécies de carrapatos observadas, dentre os 2.640 espécimes coletados, foram Amblyomma sculptum (72,65%), Amblyomma dubitatum (0,41%), Rhipicephallus (Boophillus) microplus (2,23%), Rhipicephallus sanguineus (4,01%) e Anocentor nitens (20,68%).Deste quantitativo, apenas um carrapato (0,0038%) da espécie A. sculptum apresentou-se com resultado positivo na PCR. Em todos os municípios visitados, inclusive na área-controle, foi percebida a presença de capivaras (Hydrochaeris hydrochaeris). Por mais que o maior quantitativo de coletas tenha sido representado pela principal espécie de carrapato envolvida na transmissão da FMB na região Sudeste do Brasil, o A. sculptum, os resultados da PCR foram baixos, bem como o foram aqueles da avaliação sorológica pela RIFI para detecção de anticorpos anti-Rickettsia rickettsi nos hospedeiros amplificadores. Tendo em vista o histórico da região avaliada no presente estudo, além dos baixos resultados observados nos exames laboratoriais, pode-se concluir que, possivelmente, o ciclo da FMB na região Central do Espírito Santo é mantido, em grande parte, por hospedeiros amplificadores silvestres, em especial capivaras. Nota-se que é de suma importância a vigilância ativa dessas áreas, inclusive no município de São Domingos do Norte (área-controle: positividade sorológica na RIFI em um equídeo). A realização de novos inquéritos, tanto acarológico quanto sorológico, visando aos hospedeiros silvestres, pode permitir uma melhor compreensão da cadeia epidemiológica da FMB na região Central do Espírito Santo. Febre Maculosa Brasileira, ácaros e carrapatos, especificidade de hospedeiro, epidemiologia, meio silvestre.