EFEITOS AGUDOS DO ALONGAMENTO ESTÁTICO SOBRE PARÂMETROS HEMODINÂMICOS E ESTRESSE OXIDATIVO EM MULHERES ADULTAS DE MEIA-IDADE

Made available in DSpace on 2018-03-22T15:59:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_11670_Disserta__o Sandra Lujan Sudati.pdf: 1068395 bytes, checksum: 5359510b4fa37235745ff552871a2bc3 (MD5) Previous issue date: 2017-12-21 === De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas estatísticas lanç...

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Bibliographic Details
Main Author: SUDATI, S. L.
Other Authors: GOUVEA, S. A.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2018
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/6952
Description
Summary:Made available in DSpace on 2018-03-22T15:59:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_11670_Disserta__o Sandra Lujan Sudati.pdf: 1068395 bytes, checksum: 5359510b4fa37235745ff552871a2bc3 (MD5) Previous issue date: 2017-12-21 === De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas estatísticas lançadas no ano 2014, as doenças cardiovasculares (DCV) se apresentam como uma das primeiras causas de mortalidade no mundo, sendo a cardiopatia coronária (isquêmica) e acidentes cérebro-vasculares (ACV) primeiras causas de morte prematura. Aproximadamente o 80% das ocorrências poderiam ser evitadas com mudanças nos hábitos cotidianos dos indivíduos. Sendo que a pratica de atividade física é um fator de risco comportamental modificável, consideramos de suma importância investigar seus efeitos no sistema cardiovascular, sobretudo o que respeita aos efeitos agudos dos exercícios de alongamento muscular estático. Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos agudos do alongamento muscular estático sobre parâmetros hemodinâmicos e estresse oxidativo em mulheres adultas. Métodos. Participaram da pesquisa 55 voluntárias do sexo feminino com idade entre 40 e 60 anos que se submeteram a uma sessão de alongamento muscular estático (AME) de 30 minutos de duração. Realizou-se uma entrevista individual com a finalidade de informar claramente os objetivos e passos a seguir que seriam necessários para a inclusão no estúdio, assim como benefícios e possíveis danos decorrentes da pesquisa. Depois de assinaram o termo de consentimento livre (TCL) foram realizados os seguintes procedimentos antes do protocolo de exercícios: Preenchimento de questionário pessoal, aferição da Pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC), Antropometria e Bioimpedância, Coleta de sangue, Velocidade de Onda de Pulso (VOP) e Tonometria de aplanação da artéria radial, Test de sentar e alcançar, Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) e Eletrocardiograma (ECG). Imediatamente depois da intervenção com o protocolo de exercícios de AME, se repetiram os seguintes procedimentos: aferição da PA e FC, Coleta de sangue, Velocidade de Onda de Pulso (VOP) e Tonometria de aplanação da artéria radial, Test de sentar e alcançar, Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) e Eletrocardiograma (ECG). Parte do sangue coletado utilizou-se para determinar dados bioquímicos (glicose, colesterol total, triglicerídeos), e outra parte para avaliar possível dano oxidativo decorrente do exercício. O protocolo de TBARS foi realizado para medição de peroxidação lipídica no plasma. Resultados: Aumento significativo da Flexibilidade muscular da cadeia posterior. Aumento significativo da Frequência Cardíaca (FC) antes e pós-exercício. Com respeito às variáveis fisiológicas da hemodinâmica periférica se registrou um aumento estatisticamente significativo na FC (bpm) (72 ± 10; 75 ± 10; p<0,001). Nos valores de PAS (mmHg)(115 ± 18; 115 ± 12; p<0,815) ; PAD (mmHg) (73 ± 12; 74 ± 9; p<0,354) não se encontraram diferencias significativas depois da aplicação do protocolo de exercício de AME. No que respeita a VFC, não foram encontrados diferenças significativas no analise do domínio do tempo dos índices: (RMSSD (ms) 30,31 ± 13,94; 31,46 ± 16,63; p0,416e PNN50 (%) 11,52 ± 13,4812,96 ± 16,22 ; p 0,309). No análise dos componentes espectrais (HFnu: 47,68 ± 17,89; 45,18 ± 18,32; p 0,299 ; LFnu:46,81 ± 19,17; 49,23 ± 19,02; p 0,323), LF/HF(1,37 ± 1,21;1,74 ± 2,06;p0,140) não se registraram diferenças estatisticamente significativas. Com respeito á Hemodinâmica central dos valores analisados pre e pós exercício de: VOP m/s ( 8,5 ± 1,3; 8,4 ± 1,3; p<0,224); Aix@75 (%) (29,1 ± 10,1;27,2 ± 10,7; p<0,122) ; RVSE (%)(144 ± 21,147 ± 19,p<0,138) não se acharam diferenças significativas. Porém, foram achadas diferenças significativas na duração de ejeção (DE m/s) e no índice magnitude da reflexão da onda aórtica (AIx) evidenciando a redução de ambos respectivamente DE (ms) (338,4 ± 20,03 324,3 ± 21,07 p<0,0001) e AIx (AP/PP) (32,19 ± 11,42 30,44 ± 12,22 p< 0,0268). Os valores de atividade enzimática no plasma TBARS (p< 0,237) não expressam uma diferença significativa depois da intervenção aguda do protocolo de exercício de AME. Conclusões: Em nosso estudo, não foram registradas mudanças significativas nos parâmetros hemodinâmicos periféricos (PAS, PAD, VFC) das mulheres adultas de meia idade. Estes resultados podem indicar que a magnitude da carga dos componentes do exercício de AME não foi o suficiente para levar a modificações nas respostas cardiovasculares. No que respeita ao EO, não se registraram diferenças significativas nos valores de TBARS, o que confirma que o protocolo utilizado no estudo foi de baixa intensidade. Por outro lado, o que respeita a parâmetros hemodinâmicos centrais como AIx e DE, conferimos que mudaram positivamente depois de aplicado o mesmo protocolo. Acreditamos que estímulos repetitivos decorrentes do treinamento crônico de flexibilidade muscular mediante exercícios de AME poderão trazer melhoras na complacência arterial dos indivíduos. Embora estes resultados, confirmam a relação da flexibilidade muscular como determinante ou preditor de rigidez arterial, são necessários estudos posteriores que venham a aprofundar sobre as magnitudes da carga de treinamento, como a intensidade, duração, frequência e métodos de alongamento que possam interferir positivamente nas mudanças dos marcadores e índices avaliados.