Prevalência de lesões precursoras de câncer de colo uterino e fatores associados em mulheres atendidas em Hospital Universitário, Vitória- ES.

Made available in DSpace on 2016-12-23T13:56:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Neide Aparecida Tosato Boldrini.pdf: 1554664 bytes, checksum: f1a0fa6f6e19b3d6ef0434edfba4dd67 (MD5) Previous issue date: 2012-04-04 === Introduction: The squamous cell cervical cancer develops from precancerous lesions w...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Boldrini, Neide Aparecida Tosato
Other Authors: Miranda, Angelica Espinosa Barbosa
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2016
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/5954
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-12-23T13:56:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Neide Aparecida Tosato Boldrini.pdf: 1554664 bytes, checksum: f1a0fa6f6e19b3d6ef0434edfba4dd67 (MD5) Previous issue date: 2012-04-04 === Introduction: The squamous cell cervical cancer develops from precancerous lesions well defined which can progress to invasive disease if not earlier diagnosed and treated. Objectives: To determine the prevalence and factors associated with high-grade lesions and cervical cancer among women treated at University Hospital in Vitoria, ES. Methods: A cross-section conducted in women 18-59 years who were referred for outpatient cervical pathology in 2011. Women were invited to participate and were interviewed for collecting demographics, epidemiological and clinical data. After the interview, they were submitted to gynecological examination to collect specimens for cervical cytology, Chlamydia trachomatis and HPV Hybrid Capture tests, and HPV DNA detection by PCR and colposcopic examination. The patients with cervical lesions at cytology and colposcopy were confirmed by histopathology. Results: A total of 291 women participated in the study. The median age was 38 years (DIQ: 30 - 48 years), 74 (25.4%) had completed four years of schooling; 178 (61.2%) were married and 83 (28.5%) had monthly family income up to three minimum wages. When considering histopathological results, the prevalence of high-grade lesions/cervical cancer was 18.2% (95% CI: 13.8% -22.6%), being 48 (16.5%) cases of high-grade lesions (CIN II, CIN IIIca in situ) and 5 (1.7%) cases of invasive carcinoma. One hundred and eight women (37.1%) were smokers; 11 (3.8%) reported using illicit drugs;38 (13.1%) reported their first sexual intercourse before age 15;221 (75 9%) had more than one partner in life; 20 (6.9%) had more than one partner in the last 12 months;220 (75.6%) reported not using condoms;90 (30.2%) reported anal sex practice;46 (15.8%) reported previous STD. In the final logistic regression model, age between 30-49 years [OR = 4.4 (95%:1.01-19.04), history of smoking [OR = 2.43 (95% CI 1.14 to 5 , 18)], practice of anal intercourse [OR = 2.35 (95% CI 1.10 to 5.03)] and have a positive hybrid capture test for high risk HPV positive [OR = 11.23 (95% 4 0.79 to 26, 36)] remained independently associated with high-grade lesion/cervical cancer. Conclusions: The results show high prevalence of precursor lesions of cervical cancer and high prevalence of high risk HPV. The most prevalent HPV was HPV 16 followed by HPV 31. Associated risk factors for HSIL/carcinoma were age between 30-49 years, history of smoking, practice of anal sex and have a positive hybrid capture test for high risk HPV positive. The study emphasizes the importance of prevention and care strategies for the control of cervical cancer. === Introdução: O câncer cervical de células escamosas se desenvolve a partir de lesões pré-cancerosas bem definidas, que podem progredir para doença invasiva, se não forem precocemente diagnosticadas e tratadas. Objetivos: Determinar a prevalência e os fatores associados para lesões de alto grau (HSIL) e câncer de colo uterino em mulheres atendidas em Hospital Universitário de Vitória, ES. Métodos: Estudo de corte-transversal conduzido em mulheres de 18 a 59 anos que foram referenciadas para o ambulatório de patologia cervical em 2011. As mulheres foram convidadas a participar do estudo e responderam a uma entrevista contendo dados demográficos, epidemiológicos e clínicos. Após a entrevista foram submetidas ao exame ginecológico para coleta de espécime para citologia cervical, para detecção de HPV e Chlamydia trachomatis por teste de Captura Híbrida, pesquisa de DNA de HPV pela técnica de PCR e exame colposcópico. Os casos que apresentaram lesões cervicais na citologia e colposcopia foram confirmados pelo exame histopatológico. Resultados: um total de 291 mulheres participaram do estudo. A mediana de idade foi de 38 anos (DIQ: 30- 48 anos); 74 (25,4%) tinham até quatro anos de estudo, 178 (61,2%) eram casadas e em 83 (28,5%) a renda familiar era de até três salários mínimos. Quando se considerou o resultado histopatológico, a prevalência de HSIL/câncer cervical foi de 18,2% (IC95%:13,8%-22,6%), sendo 48 (16,5%) casos de lesão de alto grau (NIC II,NIC IIIca in situ) e 5 (1,7%) casos de carcinoma invasor. Cento e oito mulheres (37,1%) eram fumantes, 11 (3,8%) informaram usar drogas ilícitas; 38 (13,1%) tiveram o primeiro coito antes dos 15 anos; 221 (75,9%) tiveram mais de um parceiro na vida; 20 (6,9%) tiveram mais de um parceiro nos últimos 12 meses; 220 (75,6%) relataram não usar preservativos; 90 (30,2%) referiram ter pratica de sexual anal; 46 (15,8%) DST prévia. No modelo final de regressão logística, ter idade entre 30-49 anos [OR=4,4 (IC95%:1,01-19,04); história de tabagismo [OR=2,43 (IC95% 1,14-5,18)]; a prática de coito anal [OR=2,35 (IC95% 1,10-5,03)] e ter teste de captura híbrida para HPV de alto risco positivo [OR=11,23 (IC95% 4,79-26,36)] permaneceram independentemente associados à lesão de alto grau/câncer cervical. Conclusões: Os resultados mostram alta prevalência de lesões precursoras de carcinoma cervical e alta prevalência de HPV de alto risco. O HPV mais prevalente foi o HPV 16, seguido do HPV 31. Os fatores de risco associados à HSIL/carcinoma foram ter idade entre 30 e 49 anos, ser tabagista, relatar prática de coito anal e ter resultado positivo para HPV de alto risco. O estudo enfatiza a importância das estratégias de prevenção e assistência para o controle do câncer cervical. ===