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Previous issue date: 2009-03-20 === Rapidly growing mycobacteria (RGM) can cause a wide spectrum of disseminated or localized diseases, especially pulmonary, skin, or soft tissue infections. In last years infections due to contaminated materials and invasive procedures have been also increasingly reported. Recent outbreaks of infections affecting more than 1000 patients submitted to different invasive procedures in Brazil underscores this issue. Of the RGM, members of the M. chelonae - M. abscessus group are the most pathogenic and antimicrobial resistant. Even with multiple drug combinations, multiresistant RGM infections may be difficult to cure. In this study we describe the molecular identification, typing and in vitro susceptibilities to antimicrobial agents of RGM involved in recent infections in Brazil. The study was carried out in two groups of RGM isolates: one group recovered from different outbreaks (75 isolates) and a second group recovered from sporadic infections (10 isolates). hsp65 and rpoB gene sequencing was used for discrimination between species of M. chelonae - M. abscessus group and pulsed field gel electrophoresis (PFGE) was used to evaluate possible clonal relatedness and diversity among the isolates. Broth microdilution MICs of 15 antimicrobial agents were determined for these clinical isolates. Three species were identified in RGM outbreaks: M. massiliense from video assisted surgeries; M. bolletii from mesotherapy and M. abscessus from liposuction and mammaplasty. Molecular typing by PFGE demonstrated the clonal relatedness within M. massiliense isolates and within M. abscessus isolates. Mesotherapy and pulmonary isolates presented different PFGE patterns. Our results showed that the isolates drug resistance does not differed markedly by PFGE pattern. The resistance rates of these isolates to the currently available agents were high. The majority of M. massiliense isolates was susceptible to clarithromycin, amikacin and tigecyclin, whereas M. bolletii and M. abscessus isolates were susceptible only to amikacin and tigecyclin and moderately susceptible to cefoxitin. In conclusion, despite in vitro drug sensitivity tests limitations, the results provided may be sufficient to guide clinicians in selecting appropriate therapy for RGM infections. === Micobactérias de crescimento rápido (MCR) podem causar um amplo espectro de doenças, desde infecções cutâneas superficiais até doenças disseminadas graves. Relatos de infecções adquiridas devido ao uso de materiais contaminados e a procedimentos cirúrgicos invasivos têm aumentado nos últimos anos. Os surtos ocorridos recentemente no Brasil e que afetaram mais de 1000 pacientes comprovam este fato. Entre as espécies de MCR, aquelas pertencentes ao grupo M. chelonae - M. abscessus são as mais patogênicas e resistentes aos antimicrobianos. Mesmo em vigência de poliquimioterapia, pacientes portadores de infecções causadas por MCR podem não obter cura clínica. Neste estudo, identificamos espécies de MCR envolvidas em surtos e infecções esporádicas no Brasil no período de 2004 a 2008 e analisamos seus perfis genotípicos e de sensibilidade a antimicrobianos. Para isso, realizamos o estudo em dois grupos de MCR: o primeiro constituído por isolados relacionados a surtos (75 isolados) e o segundo por isolados não relacionados a surtos (10 isolados). O seqüenciamento dos genes hsp65 e rpoB foi utilizado para diferenciar entre as espécies do grupo M. chelonae - M. abscessus e a eletroforese em campo pulsátil (PFGE) para avaliar possíveis semelhanças entre os perfis genotípicos. A determinação das concentrações inibitórias mínimas (MIC) de 15 antimicrobianos frente aos isolados de MCR foi determinado pelo método de microdiluição em caldo. A partir dos testes realizados, foram identificadas 3 espécies de MCR relacionadas a surtos: M. massiliense, relacionado a videocirurgias; M. bolletii relacionado a mesoterapia; e M. abscessus, relacionado a cirurgias estéticas. A análise genotípica por PFGE desses isolados permitiu demonstrar ou comprovar a relação clonal entre os isolados de M. massiliense e entre os isolados de M. abscessus. Porém, os isolados provenientes de mesoterapia e infecções esporádicas apresentaram diferentes perfis genotípicos. As espécies analisadas, independentemente de sua origem (surto ou infecção esporádica) apresentaram uma ampla resistência in vitro aos antimicrobianos. Isolados de M. massiliense só apresentaram sensibilidade in vitro à claritromicina, amicacina e tigeciclina, enquanto os isolados de M. bolletii e M. abscessus foram sensíveis somente à amicacina e tigeciclina e moderadamente sensíveis à cefoxitina. Em conclusão, a análise ampla dos perfis genotípicos e, sobretudo de resistência, como efetuado neste trabalho, mesmo com as limitações próprias de um critério fenotípico in vitro, pode auxiliar o médico na fundamentação do esquema terapêutico.
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