Relação da Estrutura e Fotossíntese em Espécies de Mangue no Rio São Mateus

Made available in DSpace on 2016-08-29T15:38:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_7748_Dissertação_Dielle Meire de Santana Lopes.pdf: 1433311 bytes, checksum: adb53c40ecaaff6716785cccac97f4b1 (MD5) Previous issue date: 2014-05-20 === A salinidade constitui o principal tensor e regulador do desenvo...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: LOPES, D. M. S.
Other Authors: FALQUETO, A. R.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2016
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/5234
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-08-29T15:38:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_7748_Dissertação_Dielle Meire de Santana Lopes.pdf: 1433311 bytes, checksum: adb53c40ecaaff6716785cccac97f4b1 (MD5) Previous issue date: 2014-05-20 === A salinidade constitui o principal tensor e regulador do desenvolvimento e da produtividade das florestas de mangue, no entanto, esta vegetação é bem adaptada, tanto morfológica quanto fisiologicamente, para sobreviver nestas condições. Devido à importância do ecossistema manguezal, este trabalho procurou avaliar o desempenho fotossintético de Rhizophora mangle L. e Laguncularia racemosa (L.) Gaerth crescendo em bosques de franja com diferentes intervalos de salinidade. O estudo foi realizado no município de Conceição da Barra, em dois manguezais de franja no estuário do Rio São Mateus: a primeira área (A1), situada rio acima, próximo à comunidade denominada Barreiras, com salinidade mais baixa foi considerada controle e a segunda (A2) com maior salinidade, situada próxima à foz do rio São Mateus, localiza-se na região denominada Pontal do Sul. Para caracterização da vegetação foram obtidos, em campo, o diâmetro do tronco à altura do peito (DAP), altura e número de troncos por indivíduos, sendo descrita a condição da árvore, viva ou morta, e identificada sua espécie. Posteriormente, a partir destes dados, formam calculados as médias de cada parâmetro para análise da estrutura do bosque. As medições de fluorescência da clorofila a, trocas gasosa e os pigmentos fotossintéticos foram obtidas a partir de cinco folhas jovens (de 6 indivíduos jovens de R. mangle e L. racemosa), completamente expandidas e sem indícios de herbivoria, totalizando 30 leituras por espécie, escolhidas de forma aleatória. Para as medidas da fluorescência da clorofila a, utilizou-se um fluorímetro portátil Handy-PEA, para isso, as folhas foram previamente adaptadas ao escuro por 30 minutos. O aparelho forneceu vários parâmetros que foram analisados na curva OJIP. Para análise do transiente OJIP, vários parâmetros bioenergéticos foram derivados de acordo com as equações do teste JIP. Para análise das trocas gasosas, foi utilizado um medidor portátil de fotossíntese (IRGA) modelo LCi. Para a extração dos pigmentos fotossintéticos utilizou-se como extrator o dimetilsufóxido (DMSO), onde discos foliares foram imersos em tubos de ensaio com 5 ml do extrator. Em seguida, os tubos foram levados para o banho-maria, onde permaneceram por 24 horas em temperatura de 75° C e as concentrações dos pigmentos foram determinadas. Os resultados sugerem que em maior salinidade, os parâmetros de fluorescência da clorofila a foram alterados, indicando que há um efeito de estresse salino sobre a atividade da cadeia transportadora de elétrons no lado aceptor do FS II, principalmente para R. mangle. Os conteúdos de pigmentos fotossintetizantes também variaram em relação à salinidade, sendo que as clorofilas diminuíram e os carotenoides aumentaram. Entretanto, R. mangle apresentou melhor taxa de assimilação de carbono e maior razão clorofila a/b, além de maior eficiência no uso da água. Esse melhor desempenho fisiológico, além das questões relacionadas às suas adaptações com melhores condições de sustentação no solo e oxigenação dos tecidos que a privilegiam em relação à maior influência da inundação presente nos bosques de franja, proporcionou à espécie R. mangle melhor desempenho para dominar o bosque, também quando adultas.