Avaliação da circunferência da cintura como variável preditora de risco coronariano em estudo de base populacional
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:37:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_2939_Tese Christine Pereira Goncalves.pdf: 5612411 bytes, checksum: c367e0381950af09aea5a44fe589b5c7 (MD5) Previous issue date: 2008-12-19 === INTRODUÇÃO: A doença coronariana é uma das mais prevalentes no país e det...
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Universidade Federal do Espírito Santo
2016
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Previous issue date: 2008-12-19 === INTRODUÇÃO: A doença coronariana é uma das mais prevalentes no país e determina altos índices de morbi-mortalidade. Medidas simples e práticas que possam ser utilizadas pelos profissionais de saúde para detectar indivíduos com alta probabilidade de desenvolver esse tipo de doença podem ser importantes para a sua prevenção e seu diagnóstico precoce. Nos últimos anos é crescente a atenção
dada ao papel da adiposidade abdominal no desenvolvimento de doenças crônicas, especialmente das cardiovasculares. Como na prática a avaliação direta da quantidade de gordura é de difícil obtenção, pode-se utilizar a circunferência da cintura como indicador antropométrico de adiposidade abdominal. OBJETIVOS:
Avaliar a associação da circunferência da cintura com risco coronariano, analisar a capacidade dos pontos de corte existentes na literatura em predizer a existência dos fatores de risco e determinar os melhores pontos de corte da circunferência da cintura para predizer hipertensão, dislipidemia, diabetes e risco coronariano elevado na amostra. METODOLOGIA: Estudo transversal, de base populacional, realizado com 1.662 pessoas, na cidade de Vitória (ES). A coleta de dados envolveu questionário estruturado, coleta de dados antropométricos, de pressão arterial e de bioquímica sanguínea. O risco coronariano foi avaliado pelo escore de Framingham, considerado elevado quando acima de 20%. Utilizaram-se como pontos de corte para a circunferência da cintura àqueles sugeridos pela OMS. Foram realizadas análises de correlação, regressão linear e logística, além da construção da curva
ROC com a circunferência da cintura como variável preditora dos fatores de risco coronariano. Também se procedeu a determinação dos pontos de corte ideais de acordo com o índice de Youden. RESULTADOS: foram avaliados 764 homens e 898
mulheres com idade entre 25 e 64 anos. As análises de correlação e regressão demonstraram associação positiva entre circunferência da cintura e hipertensão, diabetes, dislipidemia ou risco coronariano elevado. Nos homens, os pontos de corte da circunferência da cintura recomendados pela OMS apresentaram sensibilidade
baixa ou moderada para detectar os fatores de risco estudados. Nas mulheres o desempenho do ponto correspondente a 80 cm foi de moderado a bom. A área sob a curva ROC foi maior que 0,5 para todas as condições estudadas, mostrando que a circunferência da cintura é capaz de identificar indivíduos hipertensos, dislipidêmicos, diabéticos ou com risco coronariano elevado. Os dados deste estudo
sugerem valores de circunferência da cintura entre 85 e 95 cm para os homens e 76 e 90 cm para as mulheres, como pontos de corte para identificação de hipertensão, dislipidemia, diabetes ou risco coronariano elevado a serem usados em populações
com características semelhantes a esta. CONCLUSÃO: a circunferência da cintura pode ser utilizada como preditor de hipertensão, dislipidemia, diabetes e risco coronariano elevado. Por ser uma medida simples, prática e de fácil interpretação,
pode-se propor que a circunferência da cintura seja instrumento de vigilância epidemiológica para estes desfechos. |
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