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Previous issue date: 2010-08-09 === Neste trabalho estudou-se a síntese e a caracterização de difenil-4- amina sulfonatos de európio em diferentes meios reacionais e o seu comportamento por duas técnicas de análise térmica (TG\DTG e DSC). Os compostos sintetizados em meio aquoso (Composto A) e em meio aquoso-etanólico (Composto B), foram caracterizados através das seguintes técnicas: microanálises de C, H, N e S, espectroscopia de absorção na região do infravermelho e ultravioleta-visível, titulação complexométrica com EDTA, MEV e difratometria de raios-X (método do pó). Os dados de microanálises de CHNS e titulação complexométrica foram concordantes com as fórmulas Eu(C12H10NSO3)3.7H2O para o composto obtido em meio aquoso (Composto A) e Eu(C12H10NSO3)3.5H2O para o Composto B obtido em meio aquoso\etanólico. Os espectros de absorção na região do infravermelho evidenciaram o caráter hidratado dos complexos e que a coordenação dos sulfonatos aos íons Eu3+ ocorre através dos átomos de oxigênio do grupo sulfonato. O MEV mostrou que o composto B apresenta uma morfologia mais definida em relação ao composto A, o que foi atribuído à presença do álcool na síntese. As curvas TG/DTG corroboraram com os dados dos espectros IV no que se refere à ausência de água coordenada ao íon metálico no composto A, enquanto no composto B há moléculas de água coordenadas ao metal. Os espectros de emissão desses complexos mostraram, principalmente, bandas oriundas das transições intraconfiguracionais-4fN 5D0 →7F1, 2, 3, 4, alargadas, indicando que o íon Eu3+ ocupa mais de um sítio de simetria. E ainda, estes espectros estão concordantes com um ambiente centrossimétrico para o íon Eu3+e permitiram sugerir a microssimetria mais provável, como Oh tanto para o composto A quanto para o composto B. Os espectros de emissão mostram uma diminuição significativa dos processos radiativos no complexo B pela presença de supressores O-H. Os resultados das curvas TG, obtidas em atmosfera dinâmica de ar e os DRX, mostraram Eu2O2SO4 como produto da decomposição. Os espectros de emissão desses produtos mostraram, principalmente, bandas finas oriundas das transições intraconfiguracionais-4fN 5D0 →7F1, 2, 3, 4. Estas bandas apresentaram-se um pouco alargadas, indicando mais de um sítio de simetria para o íon Eu3+. Os desdobramentos dessas transições permitiram sugerir a microssimetria mais provável, como C3v para ambos os produtos da decomposição térmica em ar. Na decomposição térmica utilizando atmosfera dinâmica de N2, observou-se que não foi possível estabelecer nenhum patamar indicativo de formação de intermediários termoestáveis até 1000ºC. Os processos de decomposição térmica foram acompanhados por DSC em atmosfera de N2 até 600ºC, mostrando pequenos picos exotérmicos seguidos de picos endotérmicos, relativos a reações consecutivas. Em relação à decomposição do precursor sob atmosfera de mistura gasosa (H2/Ar), os dados de TG/DTG, juntamente com dados de DRX mostraram Eu2O2S como produto de decomposição térmica a 1150ºC. Em relação à conversão do oxissulfato a oxissulfeto, sob atmosfera de H2/Ar, para o produto da conversão a 950ºC do oxissulfato do composto A, os resultados mostraram a presença de óxido, enquanto que para a conversão do oxissulfato do composto B, a obtenção de oxissulfeto como fase única ocorre a 1150ºC. O reaquecimento dos produtos da redução sob atmosfera dinâmica de ar mostra a reoxidação. Os resultados de diferentes análises mostraram que a presença do álcool na síntese influencia na estrutura, na simetria e na morfologia dos precursores, o que também contribuiu para formação de produtos de decomposição morfologicamente diferentes.
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