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Previous issue date: 2013-03-26 === O gênero Triatoma Laporte, 1832 agrupa espécies responsáveis pela transmissão do Trypanosoma cruzi. De suas 82 espécies descritas, 73 ocorrem nas Américas, sete na Ásia e Oceania, uma é tropicopolita, e uma é fóssil. O objetivo deste estudo é: (1) por meio de uma revisão bibliográfica detalhada e exaustiva, compilar informações sobre a ocorrência das 82 espécies agrupadas no gênero Triatoma, e, a partir destes dados, delinear a distribuição atualizada de cada espécie em resolução alta, com auxílio de modelos de distribuição; e (2) a partir destes dados, buscar padrões biogeográficos de Triatoma por meio de ferramentas da panbiogeografia, com o intuito de reconhecer homologias primárias e confrontá-las com hipóteses filogenéticas do gênero, e então discutir sobre a história, evolução, diversificação, e agrupamento do clado. Apresentamos, além dos mapas de distribuição atualizados, uma descrição breve de cada uma das espécies, onde informamos os aspectos distribucionais, ecológicos, e epidemiológicos mais importantes e atuais, além de taxonômicos, quando pertinente.
Para as análises da panbiogeografia, submetemos os dados a análises geométrica e parcimoniosa de traços, e parcimoniosa de endemismo, todas elas em variadas escalas (16º). Analisamos os padrões de distribuição obtidos, juntamente com filogenias do grupo, para inferir áreas de diversificação e eventos de cladogênese. Nove traços
generalizados e cinco áreas de endemismo foram identificados e associados a eventos geológicos e a história do grupo. As mais prováveis e consistentes áreas de diversificação identificadas se localizam: (1) no centro-sul do México (grupo Rubrofasciata); (2) no extremo noroeste da América do Sul, acompanhando a zona de transição sul americana em sua extensão inicial (extremo norte da Cordilheira dos Andes) na Colômbia e Equador (grupo Dispar); (3) na região meridional e centro-sul da Cordilheira dos Andes, no Norte da Argentina (grupo Infestans); (4) nos limites sul do Brasil e norte do Uruguai (grupo Infestans); e (5) na região Nordeste do Brasil,
abrangendo os biomas Caatinga e Cerrado (grupo Infestans).
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