Filogenia e evolução de ouriços-cacheiros (Rodentia:Erethizontidae)

Made available in DSpace on 2016-08-29T15:33:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_6332_.pdf: 4660661 bytes, checksum: bc365c2f37308cd5b90913b7fb2bd70c (MD5) Previous issue date: 2013-02-25 === Erethizontidae é a família dos roedores conhecidos como ouriços-cacheiros ou porcosespinhos do Novo Mundo...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: CALDARA JUNIOR, V.
Other Authors: VITAL, M. V. C.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2016
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/4360
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-08-29T15:33:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_6332_.pdf: 4660661 bytes, checksum: bc365c2f37308cd5b90913b7fb2bd70c (MD5) Previous issue date: 2013-02-25 === Erethizontidae é a família dos roedores conhecidos como ouriços-cacheiros ou porcosespinhos do Novo Mundo. Existem controvérsias a respeito da taxonomia desse grupo, principalmente sobre os gêneros e suas espécies. Pouco se sabe sobre as relações filogenéticas das espécies de Erethizontidae e muito menos sobre a evolução de suas características mais marcantes. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi avaliar a evolução dos Erethizontidae com base em uma filogenia de 9 das 15 espécies de ouriçoscacheiros. Foram realizadas inferências filogenéticas a partir de dados moleculares de um gene mitocondrial e outro nuclear, análises morfológicas e morfométricas de caracteres cranianos e da pelagem, análise do desenvolvimento pós-natal e mapeamento destes caracteres na filogenia e inferências dos processos envolvidos na evolução fenotípica de Erethizontidae. As filogenias obtidas confirmaram a monofilia da família Erethizontidae, da subfamília Erethizontinae e de gênero Coendou. Neste gênero, Co. prehensilis é irmão das demais espécies menores de Coendou, seguido de Co. melanurus e depois Co. roosmalenorum. Coendou nycthemera agrupou-se com Coendou sp., clado que se agrupou com o que contém Co. insidiosus e Co. spinosus, espécies que não se apresentaram reciprocamente monofiléticas. A filogenia não corrobora o agrupamento de algumas espécies de Coendou no gênero Sphiggurus, reconhecido por alguns autores, pois nenhum dos dois gêneros seria monofilético. Os caracteres e medidas do crânio são mais eficazes que os caracteres externos na diagnose de Co. prehensilis e o clado Coendou menores. Já os caracteres externos e algumas variáveis morfométricas foram melhores na diagnose das espécies de Coendou menores. Os dados confirmam a existência de uma espécie aparentemente nova de ouriços-cacheiros, além da necessidade de sinonimização entre Co. spinosus e Co. insidiosus. Os crânios das espécies menores de Erethizontidae pouco se alteram durante seu crescimento, mas as espécies maiores sofrem grande transformação craniana, enquanto a pelagem dorsal de quase todas as espécies é bastante alterada durante o desenvolvimento. Os estados ancestrais mais prováveis dos caracteres da pelagem variaram nos diferentes níveis da filogenia, enquanto que para a maioria dos caracteres cranianos, os estados presentes nos jovens e nas espécies menores são os mais prováveis. O processo mais importante agindo na evolução fenotípica dos ouriços-cacheiros foi a deriva genética, especialmente no início da diversificação do grupo (refletindo hoje nos grupos de espécies, gêneros ou subfamílias), mas a seleção natural (principalmente a direcional ou disruptiva) foi mais influente na evolução das espécies atuais.