Impactos do Funk na Vida dos Funkeiros: Reconhecimento na Interação Intragrupo; Estigmatização e Discriminação na Relação Extragrupo

Made available in DSpace on 2016-08-29T15:33:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_6239_.pdf: 1230594 bytes, checksum: df058626ce196a8dde46b3ff87a623cf (MD5) Previous issue date: 2012-11-21 === Essa dissertação tem por objetivo apresentar o duplo papel social que a identidade funkeira desempenha na...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: MENDONCA, V. C.
Other Authors: RIBEIRO, A. M. M.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2016
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/4325
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-08-29T15:33:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_6239_.pdf: 1230594 bytes, checksum: df058626ce196a8dde46b3ff87a623cf (MD5) Previous issue date: 2012-11-21 === Essa dissertação tem por objetivo apresentar o duplo papel social que a identidade funkeira desempenha na vida dos jovens que se autointitulam funkeiros. Com tal objetivo, se buscou identificar os processos que perpassam as interações intragrupo de funkeiros à luz da Teoria do Reconhecimento na perspectiva do teórico Axel Honneth. Essa abordagem permitiu alcançar a adequada compreensão da interação existente no interior de grupos de funkeiros, percebendo-se, inclusive, como são fortemente perpassados por processos de reconhecimento. Por outro lado, recorrendo-se aos avanços da teoria sociológica e da psicologia social, no que se refere às questões sobre pobreza no Brasil, sustentou-se a hipótese de que os símbolos que caracterizam esse gênero musical trazem em seu bojo características que fazem recair sobre os funkeiros os preconceitos que, na sociedade brasileira, marcam a pobreza e os pobres. A análise levou em consideração, ainda, o contexto de sensação de medo e insegurança a partir do qual se têm justificado certas posturas de busca por segurança, a qual prescinde da identificação do sujeito do crime, isto é, a identificação do inimigo social contemporâneo, o que, em processo dialético, reforça a estigmatização do funkeiro.