Para uma Sócio-História da Língua Guarani no Espírito Santo: uma análise sob a perspectiva sociolinguística.

Made available in DSpace on 2016-08-29T15:08:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_7514_Dissertação - Poliana C. Calazans.pdf: 2510153 bytes, checksum: c694672df093aa0f4c13feb8f11c8650 (MD5) Previous issue date: 2014-02-27 === Estima-se que restam hoje cerca de 50 mil índios Guarani no Brasil, que...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: CALAZANS, P. C.
Other Authors: CHRISTINO, B. P.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2016
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/3771
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-08-29T15:08:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_7514_Dissertação - Poliana C. Calazans.pdf: 2510153 bytes, checksum: c694672df093aa0f4c13feb8f11c8650 (MD5) Previous issue date: 2014-02-27 === Estima-se que restam hoje cerca de 50 mil índios Guarani no Brasil, que se situam, principalmente, na faixa litorânea que vai desde os estados do sul até o território capixaba, o Espírito Santo. Considerando que essa comunidade se mantém bilíngue, conservando praticamente intacta sua língua, e no intuito de analisar sua linguagem, o presente trabalho objetiva discutir se, na situação de contato entre o Guarani e o Português, a primeira língua está ou não cedendo lugar à segunda. Para alcançar esse objetivo, foi formado um banco de dados de fala por meio de entrevistas realizadas nas aldeias, que versaram sobre as tradições históricas, a família, a religião, a economia e o meio ambiente aspectos considerados por eles como as principais armas de resistência desse povo. A análise tomou por base os pressupostos da Sociolinguística/Contato Linguístico, com teóricos como Weinreich (1953), Fishman (1968; 1972), Appel e Muysken (1996), Coulmas (2005) e outros, que discutem temas pertinentes à pesquisa em questão: o contato linguístico e a manutenção/substituição de línguas minoritárias. Verificou-se, conforme o andamento da pesquisa, que, apesar do contato com o português pela venda de artesanatos, pela mídia e pela atuação da escola e sua ação integralizadora, prevista pelo Estatuto do Índio, o Guarani mantém a sua língua materna - ainda que estigmatizada - devido à forte religiosidade que norteia todo o seu modo de vida. Ele entende a palavra como um dom e confere a ela um poder mítico de conexão com o mundo espiritual, o que, ao mesmo tempo, confere extrema importância à língua minoritária e favorece a sua preservação, enquanto marca importante da cultura e identidade desse povo.