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Previous issue date: 2007-12-14 === A literatura, cunhada como marginal na década de 70, deixou rastros e marcas nas constituições poéticas da literatura brasileira. Alguns poetas, gerados no seio do movimento, como Ana Cristina Cesar, exploraram o mote marginal e, também, construíram uma nova forma de dizer a poesia a partir de então. A maneira sui generis, como a poeta Ana Cristina alia poesia, significação das linguagens e indagações críticas e teóricas daqueles tempos, fundamenta novas balizas para desestruturar velhos paradigmas literários. Jogando com a concepção da autobiografia e do ficcional, com os limites da intertextualidade, da metalinguagem, da prosa, da poesia e da hierarquização dos gêneros, sua literatura nos convida a uma leitura limítrofe e desassossegada. Um texto marcado, em definitivo, por grandes ambivalências.
A leitura em desassossego tem sua origem, provavelmente, no movimento enigmático e sedutor que a escritura de Ana Cristina Cesar concebe. Sua prosa poética, os poemas, a crítica acadêmica e as cartas flertam, incessantemente, com os horizontes paradoxais, irônicos e polimórficos da literatura e da própria existência. Tamanha volatilidade de sentidos engendra uma leitura angustiante, leitura que se desdobra na mesma proporção de seus sedutores cantos e mistérios.
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