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Previous issue date: 2002-08-13 === O presente trabalho busca discutir um fenômeno que tem sido recorrente na população de jovens e adolescentes: o suicídio. Na literatura científica existem poucos estudos que procuram entender esse fenômeno em uma abordagem psicossocial, a maioria dos estudos concentra-se nas áreas sociológicas, psicológicas e médico-psiquiátricas. Fundamentando-se na Teoria das Representações Sociais, procuramos analisar o significado de adolescência e de suicídio entre os adolescentes e verificar as possíveis relações entre esses dois temas. Participaram desse estudo 360 adolescentes entre as idades de 14 e 23 anos; 180 (90 do sexo feminino e 90 do sexo masculino) residentes em região urbana e que estudam em escola particular localizada em bairro considerado de classe média alta e alta e 180 (90 do sexo feminino e 90 do sexo masculino) residentes em uma região rural e que estudam em escola agrotécnica pública. Os resultados indicaram que a forma como cada grupo representa o suicídio relaciona-se à forma de viver a adolescência. Para o grupo da região urbana, a Representação Social da adolescência configura-se em dois pólos: curtição e apoio, o primeiro significa a socialização entre pares e o segundo o apoio familiar. Para eles, a grande preocupação é ficar sozinho. Dessa forma, os fatores de risco relacionados ao suicídio são os problemas familiares, como separação parental, maus tratos, negligência parental, entre outros; e, dificuldade em relacionar-se, que pode estar relacionado à auto-estima, síndromes psiquiátricas entre outros. Para o grupo da região rural a adolescência é uma transição muito rápida para a idade adulta, por isso, eles preocupam-se, com a realidade do mercado profissional e, não apenas com a solidão. Sendo assim, os fatores de riscos para esses adolescentes são os mencionados no grupo que reside em região urbana e os problemas sociais, como: desemprego, baixos salários, dificuldades financeiras, entre outros. A partir desses resultados concluímos que, para uma adequada assistência à saúde do adolescente é imprescindível conhecer melhor os seus medos, seus projetos de vida, suas crenças, seu contexto sócio-cultural para podermos oferecer um conjunto de ações mais efetivo.
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