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Previous issue date: 2015-05-11 === A partir de nossa vivência na Proteção Social Especial de Alta Complexidade para crianças e adolescentes da Prefeitura de Vitória (que inclui o acolhimento familiar e institucional), buscamos seguir as controvérsias referentes a tais serviços de maneira a colocar em análise os atravessamentos que perpassam a realidade dos acolhimentos, como criminalização da pobreza, valorização da família, fortalecimento do acolhimento familiar, desqualificação dos espaços institucionais, desenvolvimento de crianças acolhidas, entre outros. Nossa aposta foi de que mesmo diante dessas questões que perpassam os serviços de acolhimento, podemos potencializar essa rede e inventar novos modos de se relacionar com a vida, com as crianças, com as famílias e com os serviços de medidas protetivas. Por isso, nos apoiamos na compreensão de rede como transformação, alianças, fluxos, mediações e movimentos, conforme proposta pela Teoria Ator-Rede. Os dispositivos analíticos utilizados foram o diário de campo, a análise da ata das reuniões mensais dos equipamentos da alta complexidade de crianças e adolescentes com a Vara da Infância e Juventude de Vitória, e entrevistas com os atores que compõem a rede de proteção social especial da alta complexidade. A temática da vinculação e confiança emerge como agente transversalizador de nossas intervenções. Portanto, buscando produzir uma inflexão em nossa pesquisa, nos aliançamos às reflexões éticas que nos apontam para a intensificação da experimentação, das relações afetivas e das práticas de cuidado, já que apostar na potência das modalidades de acolhimento familiar e institucional é apostar na relação, na construção de vínculo e confiança.
Palavras chaves: Assistência Social; Acolhimento institucional; Acolhimento familiar; Vínculo; Confiança; Direito à Convivência Familiar e Comunitária.
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