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Previous issue date: 2012-08-20 === Esta pesquisa realizou-se no Instituto de Atendimento Socioeducativo do Estado do Espírito Santo IASES órgão responsável pela aplicação das medidas socioeducativas aos adolescentes que praticam atos infracionais. Teve como foco a medida de Internação cumprida na Unidade de Internação Social UNIS. Conforme disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECRIAD) e no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), tais medidas devem promover práticas pautadas no eixo pedagógico (educativo) e não no eixo sancionatório (punitivo). A pesquisa em tela, junto aos adolescentes no cotidiano da unidade de internação, revelou a multiplicidade das relações, das práticas, dos fios que tecem o atendimento socioeducativo, impondo a necessidade de ferramentas metodológicas que possibilitassem evidenciar tal variação de composições, como as micro-relações e os micro-enfrentamentos travados neste contexto. O diário de campo, produzido ao longo de nossa inserção enquanto trabalhadoras e pesquisadoras; a técnica da narrativa como potência; os encontros e suas afetações foram nossas apostas ético-políticas, que possibilitaram entender as práticas, os modos de funcionamento da instituição e as relações de saber/poder ali evidenciadas. Perseguimos, nos encontros-narrativas, com os adolescentes e no mergulhar no campo, não a trilha marcada pelo sistema, mas sim andar por outras trilhas possíveis. Priorizamos encontrar desvios, escapes ao controle, a produção de alianças e de novas formas de ser e estar no mundo. Os contos-narrativas são frutos do encontro. São modos de contar que deixam ver as miudezas das vidas contadas e as histórias vividas.
Palavras-chave: Encontros, narrativas, práticas, medida de internação.
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