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Previous issue date: 2012-09-12 === A Instituição Fundo Monetário Internacional (FMI) tem sido acusada, principalmente, a partir dos anos 1980, de estar a serviço das nações desenvolvidas, principalmente dos Estados Unidos, no sentido de impor aos países em desenvolvimento as ideologias do Consenso de Washington. As críticas têm partido tanto de acadêmicos como da imprensa em geral e especializada. Também tem sido acusada, por acadêmicos, de impor políticas contracionistas em países em desenvolvimento, já em recessão, piorando estados recessivos, enquanto nos países desenvolvidos se tem aplicado políticas expansionistas, para estimular o crescimento econômico e a criação de empregos (políticas keynesianas). Além das críticas externas, a própria Instituição (FMI) tem reconhecido que alguns instrumentos, como as políticas fiscais, deveriam ser revistos, tendo em vista a severidade da contração econômica dos países Asiáticos, onde essas políticas foram aplicadas. Tal fato sugere mudanças na atuação futura da Instituição, tanto como resposta às críticas como pelo seu próprio reconhecimento da necessidade de transformação. Apurou-se que na atuação na Crise Econômica e Financeira Mundial de 2008/2009 o FMI atuou como emprestador de última instância, fornecendo liquidez aos países em desenvolvimento e pobres, mesma política recomendada aos países desenvolvidos. Ou seja, adotou políticas expansionistas, para fazer frente à recessão mundial de 2009. No entanto, no caso particular da Grécia, país periférico da zona do euro, em estado de insolvência financeira, a Instituição voltou à mesma política contracionista das décadas passadas e início dos anos 2000. Conclui-se, portanto, que o FMI não mudou sua macropolítica nos programas de assistência aos países em crise financeira, como no caso atual da Grécia, em relação às aplicadas aos países endividados no passado. O FMI de ontem e de hoje é o mesmo.
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